9 de maio de 2008

Direito ao silêncio *

Maiakovski, poeta russo contemporâneo de Lenin, disse certo dia:

"Na primeira noite, eles se aproximam e
colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.

E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada."

* Custa-me muito ter de relembrar isto!

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