30 de janeiro de 2008

Volta ao Mundo em 80... Sofás

Este título podia muito bem vir a assentar na capa dura de um livro.

Fosse eu a Margarida Vila-Nova e iam ver se a coisa não pegava! Pegava e de que maneira, sobretudo se houvesse uma sugestãozinha que fosse de eventual enrolanço picante com um alto e espadaúdo proprietário de um dos sofás e lá estava a obra no primeiro lugar do top de vendas! Não havia escaparate que aguentasse o ritmo frenético das repositoras a colocarem os livros nas prateleiras e dos fãs alucinados a sacá-los sem sequer pensar no PVP. Até parece que os estou a ver!

Fosse eu uma "menida da cidade" e este título podia, pelo menos, dar um blog com fotos alusivas aos locais e sofás de passagem e histórias de fazer viajar muitas almas menos abonadas pela sorte.

Calha mal que não passo de uma "menina da aldeia" e, como tal, este post não passa disso mesmo. Uma ideia gira de turismo alternativo - TURISMO DE SOFÁ - onde o alojamento é o último dos problemas para quem se dedica a conhecer o mundo em que vivemos. Um luxo para uns, uma necessidade para outros tantos! Foi aqui que me deparei com uma enorme comunidade virtual de turistas e constatei, com agrado interior, que em Portugal há quase 3 mil sofás vagos.

Depois disto, andar à boleia é "coisa de meninos"!!!

Medo a medo... alguém enche o papo!

medos que não lembram ao Diabo! Que me perdoe quem sofre de Demonofobia e que, a esta hora, se está a benzer com água benta... a menos que acumule o tormento da Hagiofobia (Medo de Santos ou coisas santas) e já se tenha atirado do alto de uma ponte. Claro está que, se tiver medo de alturas - parece que há quem lhe chame Batofobia, vá-se lá saber se por causa de alguma queda que tenha dado em piqueno, por alturas do Carnaval, com uma fatiota do Batman enfiada -, terá de encontrar uma alternativa menos assustadora para se matar!

Bom, continuando, há fobias de todos os feitios e que, por sinal, põem os pontos nos is sobre certas situações e trazem justiça a pessoas injustamente malvistas pela Sociedade.

Senão vejamos, afinal:
* Não há porcalhões malcheirosos, daqueles que não se chegam a mais de dois metros de uma barra de sabão azul e branco. Há ablutofóbicos...

* Não há preguiçosos, daqueles que não mexem uma palha a não ser através de comando remoto e que, inclusive, ponderam a instalação de tapetes rolantes que façam a ligação da sala de estar à casa de banho e ao quarto! Há ambulofóbicos...

* Não há falta de produtividade em Portugal. O que há é um excesso de ergasiofóbicos (Pessoas com medo de trabalhar), nomeadamente ao nível dos cargos de gestão...

* Não há pessoas com capacidade de síntese. Há é pessoas que padecem do medo de palavras grandes, o que, acreditem ou não, se traduz por Hipopotomonstrosesquipedaliofobia!

* Não há supersticiosos. Há pessoas com Triscaidecafobia (medo do número 13).

* Não há pessoas que se enojam com esperma - isto, mais parágrafo menos parágrafo, tinha de descambar! O que há é acerofóbicos, ou seja, pessoas com medo a produtos ácidos...

* Não há meninos da mamã que se encolhem quando uma miúda os apalpa numa discoteca! Há rapazes com Sarmassofobia, ou seja, medo de seduzir e de participar de jogos de sedução!

* Não há gajos com péssimo gosto, cujos critérios de escolha das companheiras assenta na seguinte reunião de exigências: testa da Maria José Rita, boca da Odete Santos, pele da Maria Barroso e pescoço da Mariza. Há é pessoas que sofrem de Venutrafobia (medo de mulher bonita).

* Para finalizar, não há ninguém em Portugal que se sinta ameaçado (seja do ponto de vista da sua integridade física ou intelectual) pelo actual Governo e pela própria Assembleia da República! Acontece que, por uma qualquer casualidade imprevisível, os cerca de 11 MILHÕES DE PESSOAS que habitam neste país PADECEM DE COULROFOBIA, vulgo medo de palhaços.

E o Prémio "MELHOR FILHA DO PLANETA" vai para...

... a minha bebé, claro! Até fiquei com a lágrima no canto do olho quando ela me segredou, assim como quem estava a fazer uma confidência, "Mamã! Sabes? Eu amo-te!"

ESPECTÁCULO.

29 de janeiro de 2008

Venha o diabo...

Estive a pensar - os momentos "mortos" dão-me para cada coisa, realmente! - e cheguei à conclusão que as empresas em Portugal são assim como uma matança do porco em que só há três tipos de pessoas: as que espetam a faca, as que lavam as tripas e as que comem o chouriço! Um folhetim constante de sangue, merda e corrupção.

Mensagem subliminar

No outro dia, enquanto tentava distrair a vista da enorme fila de carros que se estendia à minha frente, vi um placard, numa montra com o seguinte escrito:

"Promoções. Contactar alma gémea"

Sorri! Isto das coincidências... não pode uma alminha estar a pensar em gastar uns trocados que não tem numas pechinchas que ainda resistam em final de época de saldos, vem logo a mensagem subliminar - ou será o meu anjo da guarda -, como que a dizer "põe-te com ideias, põe, que o maridinho depois diz-te das boas".

Chiça pá! Nem mesmo no subconsciente uma pessoa pode soltar a gaja que há em si!

Diz que é Afro...


És mulher? Africana? Ou, pelo menos, consegues provar que apesar do cabelo loiro e sardas na cara tens ascendência africana? Um pingo de sangue que seja? E, além disso, tens dois euros e meio para gastar, por mês, em revistas "cor-de-rosa escuro"?

Então, podes sorrir e dar graças ao Senhor [referência com algum potencial esclavagista] porque chegou a Afro, a revista que vai ajudar-te a perceber a Sociedade em que vives... lá porque nasceste na Maternidade Alfredo da Costa não quer dizer que estejas "no contexto", topas?

A primeira edição desta revista muito nigga já está nas bancas e se a desfolharem vão ver que - apesar de estar estruturada de forma idêntica à de qualquer outra revista - fala de temas que, obviamente, apenas interessam às mulheres niggas do país: Moda, beleza, amor, filhos, saúde, etecetera e tal. A primeira caucasiana que se interesse por questões desta natureza que atire a primeira pedra à editora! (Não é por nada, mas esta imagem agrada-me... coisas minhas que não interessam nada para o assunto!)

O conteúdo étnico (é isso que se pretende com as referências a poligamia e consciência negra logo na capa, não é?) é embelezado com produções coloridas - como se exige - e intérpretes de tez moreninha, assim a modos que a fugir para o beje...

Ficamos a aguardar com alguma ansiedade o lançamento da Indi e da Chino pois não queremos que se diga que em Portugal se discriminam as pessoas!

Serviço Nacional de S... ente-se e Aguarde quatro horas na Sala

O Manel entra nas urgências do hospital às 10:30 da manhã de sábado e dirige-se à triagem.
- De que se queixa?
- Dói-me muito as costas!
Sem levantar os olhos da ficha, a enfermeira prossegue...
- Como se chama?
- Manel!
- Que idade tem?
- 37 anos.
- Vá pagar e aguarde na sala de espera.

O Manel levanta-se e, aparentando menos 50 centímetros de altura do que tem na realidade - tal era a dor que atormentava -, dirige-se à recepção. Entrega o cartão do Serviço Nacional de Saúde, dez euros e um papelinho passado na triagem que o direccionava para a urgência ambulatória.

As pessoas não param de entrar, umas coxas, outras marrecas, todas passam pela triagem e todas são chamadas à urgência ambulatória. Duas horas e meia depois o Manel ainda está no mesmo sítio... No mesmo sítio, que é como quem diz, porque as costas do Manel não o deixam estar muito tempo sentado nem muito tempo em pé e como a posição de deitado não é uma alternativa plausível, lá vai alternando entre a primeira e a segunda com alguns gemidos baixinhos à mistura.

A paciência da Maria esgota-se. Na recepção dizem-lhe para ir à tal salinha da urgência ambulatória e perguntar se ainda falta muito. Bem mandada, lá vai ela. Bate à porta. O médico olha-a com desprezo.
- Desculpe senhor doutor, mas o meu marido já está à espera há bastante tempo e como temos aqui a nossa filha precisamos saber se ainda falta muito.
O olhar do médico pousa sobre a criança que dorme no regaço dela. Sem mudar de expressão, pergunta-lhe o nome do marido e informa-a de que "É o próximo a ser chamado!"

Diagnosticada a dor ciática, o médico depara-se com a ausência "momentânea" da enfermeira e o Manel é reenviado à sala de espera. Às três da tarde lá o chamam novamente para levar as benditas das injecções. "Então homem, ainda cá anda?", pergunta o médico aparentemente incrédulo. "Agora é esperar mais 20 minutos que já o chamo para ver se lhe passou a dor e para lhe prescrever a medicação".

Com efeito, em 20 minutos a dor abrandou. é pena que tenham sido necessárias quatro horas de espera... Se as urgências do Centro de Saúde da área de residência do Manel estivessem abertas talvez tivesse sido mais rápido. Afinal, parece não haver falta de clientela no ambulatório! Mas isto é um suponhamos...

25 de janeiro de 2008

O Ruca tem um irmão mais velho!

É verdade. O Ruca tem mesmo um irmão mais velho. Eu também não queria crer, mas o sotaque da Invicta denunciou-o.

Descobri-o ontem, enquanto me dirigia alegremente para casa ao som da Rádio Comercial. Se não acreditam, oiçam o anúncio da Car Glass.

Ah... já que estamos numa de publicidade, o que me dizem à moça que incita os "pais babados e avós encantados com os seus diabinhos" a irem ao CÃOTINENTE? (é curioso, porque quem ouve o anúncio na televisão não tem esta percepção!)

24 de janeiro de 2008

Fundamentalista passiva é que não!

Não sou fumadora e se há coisa que me incomoda é sair de um café ou de um restaurante defumada em SG Gigante! Mas, raios me partam se não prefiro engolir passivamente um maço de tabaco do que um fundamentalismo à moda de Santa Comba Dão, com regras medidas a esquadro e perímetros delimitados a compasso!

Fumadores activistas e anti-fumadores de base, já ouviram falar em bom senso? É que a mim parece-me haver sensibilidades a mais e respeitinho a menos da parte de ambas as facções!

Imaginem pois, que a lei do tabaco se aplica a outras "coisas" tão ou mais perniciosas para a saúde - física e mental - da espécie humana. Como seria?

A mim incomoda-me o cheiro a sovaco alheio, por exemplo! Em que é que isso prejudica a saúde, perguntam vocês! Prejudica muito. Só quem anda de autocarro na baixa lisboeta sabe o treino de estômago e mente que é necessário para engolir os gómitos que aquilo provoca. A pessoa não fica bem, enfrasca-se em rebuçados ou pastilhas para enganar os sinais do corpo... daí a uma úlcera, problemas de dentes ou diabetes é meio caminho andado. Mas o que fazer? Criar uma lei que obrigue as pessoas a tomar banho - ou, pelo menos, a lavarem-se por baixo - diariamente? Era uma ideia e se calhar, dependendo da clientela, até havia muitos voluntários a inspectores... Mas cheira-me que a estupidez dos legisladores não chega a tanto!

Há também quem se sinta intelectualmente ofendido com o ruído de pipocas a estalar na cremalheira do vizinho do lado no cinema! Vai que sai uma lei a proibir mascar (pastilhas, pipocas, batatas fritas e afins) em locais de entretenimento. Ufa, finalmente, diriam os iluminados da Sétima Arte. Eu acho mal. Primeiro, porque muitas das vezes as fitas são tão fraquinhas que se não fossem os M&M com amendoim ou as tiras de milho a noite era um fiasco! E depois, porque isso iria gerar ainda mais desemprego e greves! Em Hollywood têm a greves dos argumentistas, em Portugal instalava-se a greve dos pipoqueiros.

Com este discurso meio, se não totalmente, disparatado, quero apenas dizer que BASTA um bocadinho de bom senso para que se fume sem se incomodar quem come, para que se coma sem se incomodar quem ouve e para que se oiça sem se incomodar quem trabalha! É ASSIM TÃO COMPLICADO?

Revolução virtual de ideais

Numa tentativa desesperada de recordarem o prazer que sente uma pessoa em pleno usufruto dos direitos de LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, milhares de portugueses planeiam a adesão, em simultâneo, ao Second Life.
Consta que a senha é "Pequeno T2" de Ricardo Azevedo...
Qual será a flor desta vez? Rosas é que não, senhor!

18 de janeiro de 2008

"Vai e não voltes!"

Parte, sem olhar para trás! Digo-te isto... porque sou tua amiga.
Digo-to, agora, para que não te esqueças. Digo-to porque a mim ninguém mo disse e... voltei! Voltar teve os seus pontos positivos, como conhecer-te, mas estar é algo que não desejo e a ideia de ficar faz cada vez menos sentido!

Digo-to porque és boa pessoa e também porque sei que não corro o risco de ser mal interpretada.

Amiga Catarina, um bocadinho do meu coração parte contigo.

17 de janeiro de 2008

Como te compreendo Fidel!


"Não tenho a capacidade física necessária para falar directamente com os habitantes do município onde estou inscrito como candidato para as eleições do próximo domingo. Faço o que posso: escrevo"


Ele tem 81 anos, «câncaros» por todo o lado e, ainda assim, é candidato... eu tenho 34 anos, uso aparelho nos dentes e votei no referendo do Aborto! Dois jovens inconscientes, na verdadeira acepção das palavras, que aprenderam a juntar letras e formar frases. Em ambos os casos só nos lê quem é obrigado a tanto!

Auto-análise


Sou um cervo do senhor!
O que me vale é a fé. E os romenos... que aparecem, onde menos se espera, a vender pensos rápidos!

Das duas uma...

... ou o jovem Tom está à beira da loucura ou é nigga e representa tão bem que não tarda é governador!



O conteúdo é elucidativo: "Ah e tal, sou cientologista e por isso sei que só eu posso ajudar as pessoas... em acidentes e cenas! Posso mudar as vidas das pessoas e estou dedicado a isso, sem compromissos, AHAHAHA, a sério! (...) vejo o que precisa de ser feito e penso se vou fazer ou não! (...) ou estás a bordo ou não estás. Ponto final parágrafo (...) Chegou o momento! É agora... e é melhor que saibam isso, se não sabem vão aprender!"

«Balha-nos» o Santíssimo!
O artista até é um bom artista, só não pode tirar a sombra branca dos olhos! Isso é que não... é proibido! Mas prontossss... o que os excessos fazem a um homem!

16 de janeiro de 2008

Quando o maridinho cozinha...

Para que não se diga que a Menina da Aldeia tem a mania que é mártir e não reconhece os dotes do Menino, cá vai:

O meu gajo fez um franguinho estufado de lamber os beiços!


P.S: Para a próxima aproveitas o balanço e lavas a loiça, sim Amor?

Bactéria homófoba... ou jornalismo bacoco!

Achei esta notícia fantástica! Por tudo o que representa de errado no jornalismo nacional.

Senão vejam, a mensagem a transmitir é, supostamente muito simples: Uma bactéria, multiresistente a antibióticos, que esteve até agora confinada aos meios hospitalares, ganhou asas e voou (salvo seja)! Os seus primeiros alvos visíveis pertencem a comunidades homossexuais.

Vai daí, os supra-sumos do jornalismo tablóide pegam nisto e largam a seguinte bomba: "SUPERBACTÉRIA MATA HOMOSSEXUAIS".

Que tem isto de diferente do que aconteceu quando começaram a surgir as primeiras notícias sobre a SIDA? Nada. Pois bem, é pena. Pensava que já todos tinham aprendido com a lição, mas parece que me enganei.

Já que o estrago está feito, que tal transportar tudo isto para o imaginário da BD? Deixo aqui o princípio da história, quem quiser que faça os desenhos e dê continuação à coisa:

O que é aquilo? Um pássaro? Um avião? Não! É a Superbactéria.
Pelas ruas da cidade, os homossexuais correm que nem baratas tontas à procura de um coito... Cruzes canhoto... vou reformular... de um porto seguro! Pode ser que haja por lá marinheiros, ólaré!
A Superbatéria não desarma e agarra um homossexual pelos colarinhos do babydoll.
- Ai! Ui! Chega pra lá sua possidónia! Tens bafo de cão!

«Bamos a botos» minha gente!

Senhores e senhoras, meninos e meninas... o prazo de votação no prémio "ORELHAS A ARDER 2007" está quase a terminar.

Exercitai aqui e agora o direito de voto e CLICAI minha gente, pois um dia pode vir a ser-vos útil esta prática da liberdade! De servos temos todos um pouco, não é verdade?

14 de janeiro de 2008

Necessidades aparte...

Esta história de confundir infantário/creche com pré-escola/pré-primária é coisa que só podia sair da cabeça dos portugueses.

Vamos lá a tentar simplificar a ideia... Os primeiros existem como rede de apoio a pensar nos pais que trabalham ou estudam e, por isso, não se podem ocupar da educação dos filhos (entre os 0 e 3 anos) nem têm familiares que possam e estejam dispostos a fazê-lo; os segundos funcionam, ou pelo menos deveriam funcionar, como fase de integração social da criança (entre os 4 e os 6 anos) e preparação para a entrada na escola propriamente dita.

Lá que a esmagadora maioria das pessoas tenha necessidade de colocar as suas crianças num infantário/creche é uma coisa; agora, esqueçam lá a conversa de "Ah e tal é fundamental irem o mais cedo possível para adquirirem regras e conhecimentos!".

Querem lá ver que a família (sejam pais, tios ou avós) não lhes sabe incutir regras, não! Ou, se calhar, acham demasiado complexa a arte de ensinar às crianças "coisas" como o alfabeto, contar até 10, ler-lhes histórias ou fazer desenhos e brincar com plasticina!

Demitiram-se, foi? Eu cá ainda não, mas obrigadinha pela preocupação! Maneiras que é isto.

Política familiar d'um catano!

Não consta que os suecos estejam a enfrentar um crise económica sem precedentes, ou consta?

Não!

Mas é verdade que, na Suécia, a licença de maternidade é de 480 dias, não é?

É... faz corar de vergonha os 150 dias - negociados a ferros e com contrapartidas de ordem financeira (quem perde dinheiro é, pois claro, quem se põe com ideias de "dar filhos à pátria") - previstos na actual legislação.

Hat-trick sobre rodas

Hoje ultrapassei por três vezes o mesmo ciclista. Isto há-de querer dizer qualquer coisa em termos de fluidez de trânsito...

11 de janeiro de 2008

Opiniões com pernas

“O que são as mulheres, afinal? Opiniões com pernas, certo?”

Esta frase, proferida por um colega de trabalho armado em macho latino ficou a bater-lhe nos neurónios com a força de uma bola de pinball. Tlimtlimtlim... Seis e meia da tarde. Tinha mais que fazer do que perder tempo com parvoíces.

Tentem acompanhar o raciocínio e imaginem lá este “depois do expediente”! Compra o pão, o leite, os ovos as bananas e os legumes para acompanhar com a carne estufada ao jantar! Vai buscar a criança, dá dois dedos de conversa com a mãe e dirige-se a casa, ao som das piratarias de uma tal Lilly. “Põe mais alto!”, pede a pequena. Sai do carro. Tira os sacos das compras do banco do pendura e, tentando acertar nos intervalos da chuva, coloca-os à porta de casa. Graças a Deus vivia numa vivenda, modesta mas com espaço suficiente para o carro, coisa que dá muito jeito em dias de molha tolos. Abre o chapéu e tira a criança do carro, bem sequinha como se quer! Entram em casa. Beijo carinhoso no amor de uma vida - que já se encontrava confortavelmente instalado no sofá -, as perguntas da praxe enquanto se trinca qualquer coisa, tirar o estendal da roupa da cozinha para ganhar espaço, pôr a carne a estufar e preparar os legumes. Despir a filhota com muitos mimos à mistura, dar-lhe banho e deixá-la a marinar na banheira enquanto, finalmente, se tiram os sapatos. Chinelos calçados. Um luxo!
- Amor, podes por os brócolos na panela? A água já deve estar a ferver!
Do outro lado ouvem-se resmungos. Só porque são brócolos. E porque estava mesmo na parte mais interessante daquela série fantástica que dá no Cabo!
Siga. Limpar a cachopa, esfregá-la bem com creme hidratante, vestir-lhe o pijama e secar-lhe o cabelo. Ainda há tempo para endireitar os lençóis da cama, já fartos de um dia a apanhar ar, e dar um jeito à “piscina” que se apoderou da casa de banho.
Ok... a primeira parte já está. Vamos lá jantar.
- Amor, bem que podias ter posto a mesa!
- Deixa lá isso que eu já ponho.
Tem duas opções. Senta-se e espera... ou põe a mesa e siga pra bingo. A terceira opção, aquela que envolve gritos e escandaleiras, não se chega a colocar. Não é do seu feitio.
Toalha, confere. Três pratos, confere. Talheres, confere. Copos, confere. Pratos, confere. Talheres, confere. Pão e bebidas, confere. Bases e panelas, confere. UFA! Todos para a mesa.
Senta a criança e senta-se. Começa a dar-lhe a sopa.
- Onde vais?
- Buscar os guardanapos!!!
Bolas... fatavam os guardanapos. Raios partam o Alzheimer! Toca mas é a papar.
Levantar a mesa, preparar uma taça de gelado para a cara-metade, por metade da loiça na máquina e lavar a outra metade. Começar a preparar as refeições do dia seguinte. Limpar as bancadas, lavar o fogão.
- Sim filhota, já vamos fazer um puzzle. Só mais cinco minutos.
Escolher as peças brancas do cesto da roupa suja, pô-la na máquina e enfiar para lá o detergente. Programa seleccionado. On! Varrer e lavar o chão.
Enfim, os puzzles! Brincadeira, beijocas e cama. Não sem antes ela fazer o último chichi do dia e lavar os dentes. A esta altura do campeonato, quem já e grande e vacinado amanha-se tão rapidamente como pode. Uma história depois estão na mesma cama, naquele jogo meloso de ver quem adormece primeiro. É bom. Pouco depois vai enfiá-la na cama dela e acordar o ser amado que adormecera no sofá.

Agora, imaginem que a protagonista desta história é uma mulher! O quê? Sempre pensaram tratar-se de uma mulher? Nunca puseram sequer a hipótese de tratar-se de um homem? Nem mesmo de um hiperactivo??? I rest my case.

Moral: O que são as mulheres? Opiniões com braços!

O síndrome Patinho Feio nunca desaparece

Esbarrei nesta letra e achei curioso, a vários níveis!


"Menina da Aldeia" (Lourenço & Lourival)

Te conheci criança
Quando você morava na aldeia,
Você era uma menina feia,
De chinelinho nos pés,
Sempre despenteada,
Saia rasgada nas cadeiras,
O dia inteiro abanando a peneira, na colheita do café.

Te encontro agora, completamente diferente,
Tão bonita e atraente, um encanto de mulher,
Queria tanto ser o seu primeiro namorado,
Seu marido apaixonado, cheio de amor e fé.

(Refrão)
Menina da Aldeia...
Ai quem me dera se eu pudesse agora,
Voltar de novo ao tempinho da escola,
E com você novamente estudar.
Menina da Aldeia...
Lembro me ainda como se fosse agora,
Eu no caminho lhe tomava a sacola,
Só pra ver você chorar.

Quem diria que você iria ficar tão bonita?
Não usa mais vestido de chita,
Nem a sandália de amarrar,
Ficou moderna agora,
Lindas curvas na cintura,
Parece mesmo uma escultura,
Delicada no andar.

O tempo transformou aquela menina feia,
Num corpinho de sereia,
Um encanto de mulher,
Queria tanto ser o seu primeiro namorado,
Seu marido apaixonado, cheio de amor e fé.

(Refrão)

Quais Oscar, Pulitzer ou Nobel, quais quê!

Há prémios de todos os tipos e feitios, arranjados à medida do freguês, só não há prémios para aquelas pessoas que, embora permaneçam anónimas para o resto da vida, têm dons verdadeiramente especiais e que me fazem sentir uma pontinha de inveja!

Como essa história da inveja é uma coisa muito feia, quero homenagear com o Prémio Menina da Aldeia - qualquer rama de nabo ou grelo de couve serve para o efeito - todas as pessoas que conseguem as seguintes façanhas:

- Lavar os dentes sem emitirem um único som e sem deixarem escorrer pasta de dentes pelo queixo!
- Enroscar as tampas das garrafas sem que fiquem todas tortas e a verter líquido à primeira abanadela;
- Mastigar três vezes os alimentos antes de os engolir... pensando melhor, mastigar uma vez que seja os alimentos antes de os engolir.
- Comer esparguete à bolonhesa sem imitar o sibilar de uma serpente.
- Comer uvas sem ficar com as graínhas espetadas nas braquetes do aparelho! Isto aplica-se a qualquer alimento, a bem dizer.
- Beber café sem entornar sempre uma p*** de uma pinga na camisola.

Muito mais poderia ser dito e premiado! As pessoas que conseguem fazer tudo isto na perfeição merecem a minha vénia!

Partidas da memória...

- A minha bisavó Vitória, que era avó do meu avô.
(Parentescos alternativos apenas possíveis em Sendim)

E o raio das bruxas com a mania de pregar partidas, também!
Muito bom... zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

10 de janeiro de 2008

Tenho uma amiga nova


Têm de experimentar passar um mês sem máquina de lavar roupa para compreender a dimensão dos meus sentimentos por esta "menina"!
Ontem passámos o serão juntas.
As minhas mãos, braços e costas agradecem - tal como as minhas queridas mãe e sogra* - mas parece-me que o alguidar da roupa já está com ciúmes!

* Só espero, um dia, poder ajudar tanto os meus filhos como estas duas Senhoras me ajudam a mim!

Fascínios*

- Preciso que faças duas peguntas à Saga Pegáta!
- A quem?
- À Saga Pegáta...
- Sara quê? Soletra.
- Pê, guê... ó pá, não consigo dizegue os égues... é aquele metal...
- Ah! Sara Prata!

Alguma pesquisa e muito tempo de espera pela magia da produção depois, sai-me uma Ana Cataguina!!!

*ou Saga Pegáta o cagálho!!!

9 de janeiro de 2008

Pirâmide invertida

Os problemas de gestão, neste país, só vão acabar no dia em que os relatórios começarem a seguir de cima para baixo!

Foi Natal trálálálálá

- O Pai Natal parece a tia Xana mas não é!

(Nota-se muito que houve tentativa de lavagem cerebral quando a criança, ao abrir a porta ao Pai Natal, exclamou "É a tia Xana!" ? Por que raio fazemos estas coisas se sabemos que mais cedo ou mais tarde temos de admitir que afinal estávamos a mentir? Grande exemplo este: Posso mentir? Não!!! Só se for a uma criança de dois anos e sobre a existência do Pai Natal...)

Sei que há pessoas muito poupadinhas...

... quando chego ao WC e percebo que me foi reservada a tarefa de desencalhar dois submarinos alheios!

Clubismo

- O Sepótingue é gosta de boi!, diz a Joana enquanto aponta para o símbolo dessa espécie híbrida - leões/lagartos - num anúncio televisivo!

(O pai, que é Benfiquista de clara, gema e casca incluída, anda a tentar levá-la a "bom porto"... diria ele... mas para uma piquena de dois anos tudo é parecido e vai daí, gosta e bosta são sinónimos no seu dicionário!)

- E tu és de que clube filha?, pergunto eu, alto e bom som, com o riso trocista de quem já sabe a resposta
- Do Sepótingue.

(Tem sido assim desde que ela fala em futebol... talvez para ver o sobrolho de pai levantado, diria eu!)

As coisas que somos "obrigados" a escutar*

"Eh pá! Imagina como seria enrabar aquela gaja, apenas com umas botas de cano alto calçadas!"

Os desabafos de respeitáveis senhores directores no nosso refeitório são muito à frente!

*ou Sodomia à mesa!

8 de janeiro de 2008

Depois queixam-se da falta de produtividade!

Não há coisa mais surreal do que serem 9H00, estarmos na máquina do café a tirar as primeiras borras do dia e sermos confrontados com os seguintes gritos histéricos do patronato: "Eu pago-vos para tomarem o pequeno-almoço? Querem tomar o pequeno-almoço façam-no em casa!!! Vão mas é trabalhar, seus parasitas."
Não há cafézito, não há produtividadezita...

Cúmulo do Sadismo!

Esticar uma moçoila numa marquesa de dentista, de boca bem aberta durante meia hora - mínimo - e olhos fixos num candeeiro cuja marca é DELIGHT! E no fim fazê-la pagar 2100 euros! Foi cá um prazer que ainda nem estou em mim...

D. Artagnana e as três rainhas magRas!

(Escrito a três pares de mãos... o quarto par estava ocupado com assuntos cor-de-rosa! Mas isto promete...)

Baltaneuzar, Belcathior e Gaspalenar olharam para o céu e viram que estava estrelado!
- Senhoras, esperemos que não haja salmonelas no ar!, disse D. Artagnana enquanto ajeitava a loira cabeleira...
Artagnana adoraria seguir a estrela que brilhava sem parar mas, assim que deu uma passadinha, foi traída pela luz do luar e apanhada pelas garras da inquisição, que tinham chegado ao local para lhe impedir a travessia do caminho!
- Com que então, anda com lindas companhias, essas lesmas da Baltaneuzar, Belcathior e Gaspalenar!!!!Vai seguir já uma CI ao SUPRAsumo, e vai com o diabo a quatro!!! Castigo Mor - mais 4 índices especiais, até à hora do almoço, que até se lambe!!! E essas MORCONAS das suas acompanhantes que nem se atrevam a aparecer!!!
ARTAGNANA sentiu que estava entregue à bicharada... but to late!!!!!

... Horas mais tarde, as rainhas magas juntaram-se - todas por uma e uma por todas - na cantina e logo combinaram ir a Belém. Decidiram levar presentes ao presidente como reconhecimento do muito que fez pela divulgação do bolo-rei.
Belcathior levou incenso, mas logo lhe surgiu uma dúvida:
- Gaspalenar, tu que percebes das leis, o fumo do incenso também é proibido nos locais públicos?
- Mas certamente que sim amiga Belcathior... excepto nos casinos, onde o Rei Herodes vai descomprimir dos deveres de Estado e, claro, no Palacete de Belém... Sua Excelência Aníbal precisa de uns fuminhos para soltar a língua. A longa caminhada de burro, enquanto ainda estava na barriga da mãe, deixou-lhe aquele problema de nascença. Eram tempos difíceis e a maternidade mais próxima tinha fechado por falta de clientela!

(CONTINUA)

4 de janeiro de 2008

Aleluia irmãs!

Chegou finalmente uma ferramenta muito útil à minha, salvo seja, humilde máquina (é a designação "indígena" para computador) Trata-se do Indeks, um site que reúne links sobre (quase) tudo o que mexe no cibermundo, impecavelmente organizados por categorias.
E não é que, surpresa das surpresas, existe uma categoria exclusivamente dedicada aos INTERESSES FEMININOS. Pois bem, é aqui que muda a conversa!!!Quem lá entra descobre que o mundo das mulheres gira em torno de três coisas: fofocas, roupa de marca e bebés! Mais, no que toca a museus as senhoras que por aqui navegam são imediatamente remetidas para o "dos Sapatos"... Pensaram o quê? Que gaja que é gaja não se deixa apanhar com as solas gastas num qualquer chat ou fórum da moda!? Assim não meus senhores...

Hospital de malucos

"Parece um hospital". Foi esta a primeira impressão com que fiquei da empresa onde trabalho. Extensos corredores frios e sombrios, onde não se vê vivalma, interrompidos por largas e pesadas portas de ferro, pintadas de um azul PSP condizente com a moralidade vigente no edifício!
Cinco anos depois constato: afinal é um hospício! O elevado número de baixas psiquiátricas por metro quadrado fala por si.

ExorCIsta VIII - Arrendaram-me!

Certo dia, fui chamada para um tête à tête com a patroa!
"Então, diga-me lá" - começou ela em jeito de amiguinha - "Prefere ficar na revista ou voltar à internet?"
A ideia de me estar a ser oferecida, em bandeja de prata, uma tal hipótese de optar deixou-me tolhida! "Ehhhhh... bom... se me é permitido escolher... bom... prefiro voltar à internet!" respondi, com o desembaraço de um jumento. Movia-me em terrenos pantanosos e todo o cuidado era pouco!
Houve silêncio. Segundos que pareceram uma eternidade, com dois olhos pequenos e estranhos fixos nos meus. A curiosidade não corria por aqueles nervos ópticos, o brilho dos sentimentos não estava reflectido nos seus globos oculares onde o único humor detectável é vítreo... de tão falecido.
"Pois nós achamos que rende mais se ficar na revista." Sorriu. E eu também sorri. Já a conhecia há uns pares de anos e o desfecho desta conversa apresentava-se bastante previsível. Apeteceu-me perguntar muitas coisas sobre essa entidade cega, surda e muda intitulada de "nós", mas sempre me ensinaram que não se faz pouco das insuficiências dos outros.
Dei por mim com a boca meio aberta para pedir um cafézinho e um copo com água... provavelmente aquela senhora não teria ninguém com quem desconversar e por isso me teria chamado ali. Já que me pagava sempre o ordenado a tempo e horas, o mínimo que podia fazer era ouvi-la.
Fechei a boca. Reflecti.
"Muito bem", optei por dizer, "se acham melhor assim, os senhores saberão melhor do que eu onde rendo mais!" Sorriu e espantei-me com a capacidade do ser humano para se sentir lisonjeado com a incoerência. Ficámos amigas, que é como quem diz, ela esqueceu a minha existência durante uns bons meses.

"Todos os trabalhos pagos absorvem e degradam o espírito" (Aristóteles)

3 de janeiro de 2008

Já sou avó!


Nenuca, Chica e Lili. Tive três netas de uma assentada.
E viveram felizes para sempre!

Instinto feminino?


"Ó mãe, é a Rita Ferro de passar a roupa?"

Gostei desta prenda de Natal. Pelas palavras sinceras que levou até à minha mesa de cabeceira e pelas questões que já suscitou a uma piolha atómica com dois anos de idade...

Esquecimentos difíceis de engolir!


1, 2, 3, (...) 35, 36! UFA...
Emborcar 36 passas de uma vez ao som das 12 badaladas é dose! Confesso: tenho uma costela supersticiosa e mais depressa me passam 36 passas pelo estreito do que a ideia de o meu gajo e de a minha filhota não engolirem as 12 uvas desidratadas da praxe na passagem de ano!
Agora experimentem fazer isto ao mesmo tempo que dão beijos e abraços a tudo o que mexe à vossa volta, fazem votos de bom ano e saltam como maluquinhos ao som das rolhas de champanhe a bater no tecto!
É NATURAL QUE SE ESQUEÇAM DE PEDIR OS 36 DESEJOS CORRESPONDENTES NÃO É?
Pelo sim, pelo não, resumi tudo a um desejo muito generalista no preciso momento em que a última grainha me escorregava pela faringe...

Saldo amolgado!

Nem positivo, nem negativo. No que me diz respeito, 2007 foi um ano a modos que... amolgado! Que o diga o bate-chapas!
Não chegam os dedos de uma mão para contar o número de vezes que levei o carro à oficina. Como prenda de Natal trouxe para casa um guarda-lamas amolgado... parece que o pilar do centro comercial, afinal, não estava a pedir boleia! Ora bolas, depois de três horas intensivas de compras no dia 24 de Dezembro qualquer um fica com a vista enevoada. Para terminar em grande, a pouco menos de 12 horas de entrar em 2008, ganhei duas amolgadelas - anónimas e esverdeadas - na porta do "pequenino" (é o nome que a minha filha dá ao outro carro). Há dias de festa não há?
Com isto tudo... não há saldo que resista!