27 de junho de 2008

Têm asas mas nem chegam a sair do supermercado

8 iogurtes, 3 litros de leite meio gordo, 2 litros de leite magro, 2 pacotes de bolachas, 1 kg açúcar, 1 kg farinha, 1 kg sal, 1 detergente para a loiça, 1 amaciador do cabelo, 3 sabonetes... tudo atirado para cima do balcão do supermercado! "Vai desejar saco?" pergunta a menina-robotizada sentada do lado de lá. Não, vou enfiar isto tudo no soutiã e sigo assim aconchegadinha para casa. "Sim, por favor", respondo. "Um?", volta a perguntar a menina sem brilho nos olhos. Um não chega, mas um e dois terços, quem sabe? Ou então venda-me saquinhos só com uma asa!E já agora, qual é a empresa responsável pelas lavagens ao cérebro para eu lhe enviar um SMS em como estão a fazer um excelente trabalho? "Dois, por favor"... e siga que se faz tarde.
Esta história de se comprar os saquinhos de supermercado chateia-me! Acham que só é possível educar as pessoas pelo bolso? Triste visão da humanidade

25 de junho de 2008

Vivo num concurso televisivo

Sou só eu, ou vocês também acham que as peguntas que fazem às pessoas que vão a concursos televisivos, daqueles de cultura geral, não são aleatórias?

Cá para mim, e a malta das Tvs que não me oiça agora - que que também nunca me ouviram quando lhes pedi emprego! - esperam que o concorrente esteja a chegar àquela fase interessante, em que tem hipótese de levar para casa (salvo seja, porque o dinheiro só lá chega passado uns bons meses) uns bons milhares de euros e PIMBA! Espetam-lhe com a pergunta fatal! Algo que diga respeito a um tema em que o desgraçado já tenha dito que não era nada bom!

Pois eu acho que vivo num concurso televisivo. Sempre disse que nunca iria trabalhar em imprensa... e PIMBA!

Sempre detestei modinhas (blaaaaaarrggh) e esses temas femininos... e PIMBA!

É por estas e por outras que, a partir deste momento, vou começar a pregar aos sete ventos que NUNCA VOU SER RICA! NUNCA VOU ESCREVER UM LIVRO! NUNCA VOU CONHECER O MUNDO!

... e aqui estou eu, à espera que me caiam todos os "pimbas" em cima da cabeça...

19 de junho de 2008

"Serviço permanente"

Que raio de serviço se pode esperar de uma agência funerária que vê necessidade em colocar nos carros onde transporta os defuntos o seguinte dizer, em letras garrafais: "Serviço Permanente"?????

Haverá a possibilidade de o cliente (vulgo, morto) optar por um serviço temporário? É que se assim for, não vale a pena andarmos meio ano a trabalhar para pagar impostos e outro meio para poupar para um caixão em madeira de cerejeira...

A personalidade vem sempre ao de cima

Quando alguém nos fala de igual para igual, se ri das mesmas piadas referentes às hierarquias e se lamenta das mesmas injustiças profissionais, pensamos que conhecemos essa pessoa como a palma das nossas mãos.

Até que, um dia, a "sorte" sorri a essa pessoa e dá-lhe a oportunidade de revelar o seu "eu" interior. Nesse momento vemos, com tristeza, nascer um novo déspota e pensamos: Nunca hei-de ser assim...

Quando a "sorte" tira o nosso nome na rifa confirmamos quem somos de verdade e aí, das duas uma: Mergulhamos numa guerra sem precedentes contra o Mal ou aliamo-nos a "ele" e morremos por dentro.