21 de dezembro de 2007

O Sr. dos Bigodes gosta de ser enganado!!!


A conversa das tolerâncias de ponto já mete nojo!
Os tugas armados a empresários dedicam-se, o ano inteiro, a falar mal dos subordinados: Ah e tal que são umas bestas, andam o dia inteiro a roçar o cu pelas paredes, só sabem fazer exigências... e o Diabo a sete! Enquanto isto, os tugas armados a trabalhadores levam o ano a queixarem-se dos baixos salários, da falta de condições de trabalho, do Alzheimer do patrão...
Chega o Natal e tudo se transforma: Os patrões aproveitam para mostrar que afinal até são boas pessoas e dão tolerância de ponto no dia 24 de Dezembro, ao passo que os empregados se dedicam à eterna arte lusa de fazer vénias e agradecer de joelhos!
O que ninguém se lembra de dizer é que, na realidade, são todos uns hipócritas! Os patrões, porque pensam que um mero gesto de tolerância apaga 364 dias de azedume, má-educação e péssima gestão. E os empregados porque decidem, subitamente, elevar a voz aos céus em favor do patrão tão generoso... para no dia seguinte voltarem às lamúrias do costume. Com uma agravante: marcaram as fériazinhas todas que tinham a marcar prescindindo daquele dia, na esperança de que o patrão tivesse vergonha de os obrigar a ir trabalhar na véspera de Natal. Rezaram aos santinhos todos e tiveram a sorte de ser atentidos! "Merecemos", exclamam em uníssono... mas quê, o Jaquim quer tirar o dia 31? Mas quem pensa ele que é? Lá por ter duas semanas de folgas acumuladas pensa que é algum marquês? Nãnã... que o patrãozinho já fez muito em nos dar o 24! Se nós não temos o 31 o Jaquim também não tem. Ponto final parágrafo.
Por que carga de água deveria eu de ter remorsos por sacar da Legislação e enganá-los a todos? Olhem... Feliz Natal!

19 de dezembro de 2007

Começou bem...

Cedo. Chuva. Frio. Vento. Sacos e mais sacos. Estacionamento à porta dos CTT... esperem lá, estou a sentir um "sopro" de sorte! Onde é que está a minha mala? Hummmmmmmmmmm... em casa!!!!!!!!!!! Meter a chave na ignição, acender os médios, fazer pisca e ala que é Cardoso. Afinal não era sorte, era apenas mais uma rabanada de vento.

18 de dezembro de 2007

13

O número 13 já me deu muita sorte. Por isso mesmo, acho que o facto de ainda me faltar comprar 13 presentes é um bom augúrio! Isso... ou os intervenientes na "Última Ceia" vão ficar muito desapontados com o Pai Natal!

Joanices...

"O Orelhas é um cabelo, tem duas bossas e muito pêlo!"

17 de dezembro de 2007

Brincadeira

Cria.
Queria... Criar.
Queria ar.
Criatividade... Queria actividade.
Queria ser sempre criança!

Exorcista VII - Gestores de vidas alheias

"O que é que estás a fazer?" Esta é uma das perguntas mais estúpidas que um chefe nos pode colocar. Quem é que nos atribui tarefas, metas, objectivos, deadlines e o diabo a sete? O chefe. Então ele deve saber, ao pormenor, aquilo que estamos a fazer, não é verdade? É... mas apenas se não estivermos a falar de chefes "tugas".
O chefe "tuga" gosta de mandar os seus subordinados fazer isto e aquilo pelo simples gozo de vomitar ordens. Fala para se ouvir, mas não retém a mínima informação no seu cérebro de 64 kb. À primeira oportunidade pergunta, de dedo em riste, "Tu... como é que te chamas? O que é que estás a fazer? Em quanto tempo é que consegues fazer isso?" As respostas variam, consoante a influência da lua na maré. "Joaquim... Manutenção... Acabo hoje, ao final do dia" ou "Filomena... a ler código... mais uma hora ou duas" são as respostas que ocupam o primeiro lugar, ex-equo, no top das mais votadas pela comunidade local de trabalhadores frustrados.
O chefe só levanta cabelo se alguém se lembrar de responder, com toda a honestidade e algum espírito revolucionário, "Agora não estou a fazer nada". Aí, o chefe "tuga" muda de cor. Põe as mãos na cintura e grita, no seu melhor português, "EU JÁ NÃO VOS DISSE PARA ME DIZEREM QUANDO NÃO TIVEREM NADA PARA FAZER?" Ninguém responde... simplesmente para não ser mal-educado. Raios partam as boas maneiras que a minha mãe me ensinou, porque é precisamente em alturas como esta que me apetece levantar da secretária e dizer: "Oiça lá o meu anormal, mas você não é pago para gerir o trabalho? Não é você que diz quem deve fazer o quê, quando e como? Não é você que atribui as tarefas? Não é a si que entregamos o trabalho quando está pronto? Então o que é que você quer? Faça o seu trabalho e tente não ser tão estúpido quanto aparenta!"
Em rigor da verdade, o que faz o chefe "tuga" todo o dia? É uma pessoa muito atarefada que nem se levanta da cadeira para beber um café porque está ocupado a fazer extensos relatórios, cheios de adjectivos e palavras caras, acerca dos timings e funções alheias ... trabalhinho para durar dias inteiros, intervalados com prolongadas reuniões de update sobre os projectos que estão em fase de pré-produção há três anos, das quais resultam sempre alterações de estrutura, grafismo e conteúdo!

"O leitor é um porco"

A minha filhota - que, para quem ainda não sabe, tem dois anos - alertou-me no outro dia para um facto perturbador: "O leitor é um porco".
Andava pela casa toda a perguntar "O leitor?", ao que eu questionava "Qual leitor filha?" e ela respondia insistentemente "O leitor!". Como quem diz, então, tu que já és grande e ainda por cima jornalista, não sabes quem é o leitor? Sem saber o que fazer perguntei-lhe "Quem é o leitor?". Resposta iluminada: "O leitor é um porco."
Reflecti bastante sobre isto do leitor e finalmente compreendi. O leitor é assim a modos que um leitão fora de prazo, rechonchudo e amoroso, que se debate com problemas de obesidade ao mesmo tempo que tenta emancipar-se e sair de casa dos pais sem recorrer ao crédito. O leitor é aquele porco pro-activo que está a construir uma casinha de tijolos e cimento com as suas próprias mãos!
Já sei quem é o leitor, agora só me falta descobrir uma forma de explicar à minha criança que na língua portuguesa existem umas "coisas" chamadas consoantes mudas, tais como a letra h... Porquê? Porque o leitor é.... o simpático porquinho Heitor, protagonista de um dos livrinhos da minha filha.

12 de dezembro de 2007

Exorcista VI - Cinzentismo mediático

De que cor são os bastidores das revistas cor-de-rosa? Cinzentos. É irónico, mas é a mais pura das verdades.
Nos bastidores das revistas cor-de-rosa, é proibido pensar, questionar e opinar! Somos pagos para fazer o que nos mandam, dizer Ámen e dar mensalmente graças pelo pagamento atempado do ordenado mínimo.
Aos olhos dos nossos pares, aqueles que tiveram a sorte de assentar praça em revistas ou jornais de referência, somos uns débeis mentais que escrevem "com os pés" e fazem artigos sobre novelas.
Aos olhos dos nossos chefes, somos uns ignorantes que não compreendem a verdadeira dimensão da problemática de uma eventual falta de sincronização entre o que se passa na novela de prime-time e o resumo que publicámos. Como tal, sentem-se no direito de nos obrigar a fazer horas extra sem remuneração ou a reescrever três vezes o artigo sobre os benefícios do sexo oral. Além disso, quando propomos fazer temas mais sérios, o mínimo que nos chamam é imbecis, enquanto grunhem algo sobre o facto de nos fazerem "a folha" à primeira oportunidade.
Aos olhos dos nossos amigos e familiares, estamos a um passo da depressão!
Então... se não é pelo salário nem pelo prestígio profissional... por que razão insistimos em continuar a escrever parvoíces por encomenda, a baixar a cabeça a déspotas com a quarta classe e a ouvir os maiores despautérios de pessoas sem classe nenhuma? Pensem nisto!

Quem disse que somos seres HUMANOS?

A escravidão remonta a tempos imemoráveis. Há escravos desde que há homens e ponto final parágrafo.
Basta haver dois homens à face da Terra para haver rivalidade. Um acha-se sempre melhor do que o outro e encontra maneira de o subjugar. Contudo, guiados pelo instinto de sobrevivência, os homens compreenderam a necessidade de viver em comunidade. A escravidão no seio do grupo não acabou, mas foi sendo gerida mediante a conveniência dos "cabecilhas"... afinal de contas, os homens das cavernas tinham muitos pêlos mas não eram estúpidos! O problema foi quando tribos distintas se encontraram pela primeira vez. O "outro" foi, desde logo, classificado como inimigo e deu-se a primeira "guerra"! Apenas um grupo podia ganhar... quem não morreu foi tomado como "prémio" e sujeito às regras dos vencedores. Foram estes os primeiros escravos.
Milhares de anos volvidos (esta palavra tem um "je ne sais quoi" de militar) continuamos a fazer escravos, mas mudámos de estratégia. A consciência mundial evoluiu e, agora, não é politicamente correcto fazer escravos de guerra. A Convenção de Genebra não permite que se abuse dos prisioneiros! Quer dizer... Ainda há quem o faça, mas desde que os telemóveis têm a capacidade de tirar fotos é mais difícil escapar impune. Regra geral é a própria mente retorcida dos "vencedores" que os trama, segundos depois de colocarem essas imagens na internet!
Em pleno século XXI, há quem engorde as suas contas na Suíça à custa dos dedos magros e habilidosos de meninos de quatro anos, dos corpos pueris de meninas de 12, dos rins e fígados de homens esfomeados de 30! Continuamos a ser os mesmos homens das cavernas, apenas temos menos pêlos.

11 de dezembro de 2007

O ano da discórdia

Senhoras e senhores, impõe-se uma explicação para a "posta" anterior: Para quem não sabe, 1973 foi o ano em que nasci! Calha bem que um senhor chamado James Blunt fez uma musiquinha (e já estou a ser condescendente) intitulada, precisamente, 1973.
Como fiz aninhos (lá está ela com a mania das condescendências) há uns dias, achei que era UMA maneira de marcar "a coisa". E vai daí, coloquei o vídeo ólaine - é como se diz pelos lados de Ranholas City! Se me perguntarem se faz o meu género, terei de responder: NÃO! Mas não tenho nada contra quem goste e como este blog aceita a diversidade, não vejo que venha mal ao mundo em dar tempo de antena ao senhor. Afinal, é Natal e o jovem até dá ares a Jesus Cristo!

10 de dezembro de 2007

1973

Já cá canta mais um... Algo que Jesus Cristo não chegou a dizer. "Here we go again!"

7 de dezembro de 2007

Ela não partiu de mim

A minha amiga desistiu de viver. Partiu para longe. Foi para mais longe ainda do que da última vez!
Passaram-se dois anos desde que vi a sua expressão doce e alegre, embora cansada, pela última vez... 24 meses sem os beijos que me alimentaram a alma durante a infância, mais de 700 dias sem os abraços que me acalmaram as revoltas da adolescência! Houve promessas telefónicas de reencontro, sempre adiado pela ditadura do tempo. E afinal aquele abraço e aquele beijo que demos em jeito de despedida foram mesmo os últimos!
Estou triste, mas conforta-me a ideia de que não foi esta a primeira vez que nos encontrámos e não será certamente a última. Amiga, quando nos virmos novamente saberás que estiveste sempre no meu coração.

4 de dezembro de 2007

Adoptado!


Encontrei a explicação perfeita para dar à minha filha quando ela me perguntar: "Mamã, quem era o papá do Jesus?"
Parece uma pergunta inocente não parece? Pois bem, é uma rasteira... e das grandes. Se respondermos que Jesus era filho de Deus vem logo a pergunta fatal: Então e o José quem era? Depois de terem explicado à Vossa criança que os bebés nascem porque o pai e a mãe gostam muito um do outro e, como tal, o pai põe uma sementinha na barriga da mãe, tentem desenvencilhar-se disto recorrendo à história do anjo que veio e disse a Maria que ela ia ter um filho de Deus sem pecado... Por tudo isto, parece-me que, numa primeira fase, dizer às crianças que Jesus foi adoptado por Maria e José até nem é uma má "saída". O único problema é a Segurança Social saber! Ainda tentam retirar a "criança" à família adoptiva.
Se Deus quiser, vão passar alguns anos até que eu tenha de responder a isto.

Estrela precisa-se!

Calma minha gente, este post não pretende, de forma alguma, servir de mote a um eventual abaixo-assinado no sentido de trazer a Edite Estrela de volta ao pequeno ecrã. Não que ela não faça falta, tal a forma como a língua portuguesa é tratada em televisão... mas teria mais "serventia" nos bastidores, que é como quem diz, a dar aulas de Bom Português aos pivots dos telejornais! Assim como que numa espécie de ATL para jornalistas seniores.
Do que eu preciso mesmo é de uma estrela para colocar no cimo da minha árvore de Natal. Todos os anos tenho este problema: NÃO ENCONTRO A ESTRELA CERTA! Nenhuma me agrada. Ou são baças demais, ou não têm a cor perfeita, ou são demasiado pequenas, ou são demasiado grandes, ou... Talvez seja eu que sou muito exigente, mas estou convencida que se os Reis Magos vissem as estrelas que andam por aí não iam a correr ter com o Menino a Belém. Encolhiam os ombros e, quanto muito, bradavam aos céus: "Por qué no te callas?"
A minha forma recorrente de resolver o problema é espetar com o Pai Natal no cimo da árvore. Literalmente! Se calhar é esse o motivo por que não tenho muitas prendas... Sofre o Pai Natal, que por minha causa já deve ter umas hemorróidas XL, sofre todo o conceito religioso inerente à quadra natalícia (Os Reis Magos ficam meio atarantados quando veem um velho benfiquista de barbas, no firmamento, com uma galha de pinheiro espetada no traseiro) e sofre a minha reputação enquanto "fazedora" de árvores de Natal.
Ora bolas... por falar nisso, a "cena das bolas" também sempre me fez muita confusão. Aquilo é a representação metafórica de quê? Há coisas que é melhor nem saber!

3 de dezembro de 2007

Vestidos no poder

Em Portugal, qualquer gato pingado que use vestido detém "O" poder... menos as gajas. Senão, vejamos:

- Os juízes, com as suas togas pretas, têm "O" poder de mandar nos afectos de crianças de seis anos que assistem ao desmoronar da sua família real (não se confunda genética com laços de amor) sem serem "tidas nem achadas" no processo.
Síndrome: Com um simples vestido preto eu nunca me comprometo!

- Os Senhores Doutores que integram as juntas médicas, com as suas imaculadas batas brancas, têm "O" poder de mandar trabalhar pessoas que já nem à casa de banho conseguem ir sozinhas.
Síndrome: Com um simples vestido branco eu nunca me espanto!

- Os sacerdotes, com as vestes sagradas que envergam durante a Santa Missa - pretas, roxas ou brancas consoante a importância hierárquica do presbítero -, têm "O" poder de comunicar ao Mundo as formas correctas de amar sem pecado...
Síndrome: Com um simples vestido sagrado eu nunca desagrado.

Lutaram tantas mulheres pelo direito de usar calças quando era nos vestidos que estava "O" verdadeiro poder!