21 de agosto de 2008

Bolas...

Depois do Cristiano Ronaldo esticadinho no colchão, a falar nos milhões que perderia caso não se levantasse, a próxima aposta da agência que trata do marketing do banco em questão vai, concerteza, recair em Marco Fortes...

... e a frase é (anos e anos de discos pedidos): "Se eu saísse da caminha, valia o meu Peso em ouro!"

Perdoem-lhe senhores, que isto de andar às voltas com uma bola de sete quilos (ou mais) encostada ao pescoço deve provocar efeitos secundários muito estranhos.

13 de agosto de 2008

Countdown para... um milhão de euros

Ontem, a caminho de casa, informei o meu anjo da guarda de que preciso de um milhão de euros o mais rapidamente possível ... Ok, já pararam de rir? Pois bem, é verdade, desliguei o rádio e desabafei o meu desejo, voltei a ligar o rádio e prossegui com a minha vidinha confiante nos mistérios do Universo.

Mais tarde, saímos para jantar e tudo parecia correr bem, até que, ao chegar a casa constatámos que ficámos presos do lado de fora! A chave simplesmente não rodava nem saía da fechadura. Para cúmulo, o meu telemóvel negava-se a fazer chamadas que não de emergência! Lá resolvemos o problema e duas hora e meia e 85 euros depois, entrámos em casa. Dois adultos estourados e uma criança excitadíssima com tudo o que estava a acontecer...

A novidade seguinte que me surgiu em formato SMS foi da conta do telemóvel a pagamento: mais de 95 euros.

Feitas bem as contas, ainda me falta pagar uns milhares largos até que o Universo me dê, em "bloco", o milhão que lhe pedi...

11 de agosto de 2008

Pilidoçante (II)

A noite corria como de costume - o pai no sofá a ver futebol, a filha a espalhar brinquedos pela sala e a mãe a preparar o jantar... - quando o comentador desportivo diz alto e bom som o nome do guarda-redes de FCP: Nuno Espírito Santo! Ao que a "piolha" repete: "Nunos Pilidoçante"

Querem ver que o "raio" da espada da garota tinha origem divina? Agora não há nada a fazer, tinha um furo na ponta (era um balão em forma de espada, se bem se recordam) e foi parar à reciclagem!

7 de agosto de 2008

Bonecas insufláveis “atacam” na capital!

Ando há uns tempos a espremer neurónios na tentativa de descobrir um negócio com potencial em tempo de crise económica e acho que já sei qual é! O das bonecas insufláveis.

Não pelos motivos que possam estar a pensar. Lamento desiludir os mais “entusiasmados” mas a minha ideia luminosa não envolve sexo. Trata-se da recente novidade com que os lisboetas foram brindados, segundo a qual não faltará muito para haver portagens diferenciadas nos acessos à capital.

O que é isso das portagens diferenciadas?, perguntam vocês. Consta que é um sistema inovador, já utilizado em algumas capitais europeias e que, na prática, vai “habilitar” todos aqueles que ousam entrar em Lisboa de carro e sem ninguém à pendura a pagar uns euros extra de portagem! Os carros com dois ou mais ocupantes pagam menos, dizem! O ambiente agradece e nós aplaudimos.

Mas o que raio têm as bonecas insufláveis a ver com isto? – questionam os leitores (esse infindável rol de pessoas esclarecidas que fazem fila à “porta” do meu estaminé com cartazes onde se pode ler: “Éj’amaióre!!!”). Bem – esclareço, do alto das minhas havaianas – acontece que “tenho cá p’ra mim” que num sistema ao estilo via verde vai ser difícil contabilizar, com rigor e em tempo útil, o número de pessoas que vão no interior de cada viatura!

Se calhar estão a pensar em desistir da via verde e aumentar o número de portageiros. Bastaria dar-lhes um curso intensivo em “contagem das cabeças”, com o patrocínio da União Europeia e recorrer a especialistas em pastorícia actualmente no desemprego! Era aquilo a que se convencionou chamar de “matar dois coelhos de uma cajadada”.

Ainda assim, supondo que seja possível manter o conceito de via verde, é preciso recordar que a aldrabice corre no sangue luso à velocidade da luz e, como tal, não hão-de faltar clientes a comprar bonecas insufláveis com o intuito de as por “a render” sobre as quatro rodas! O negócio das nas sex-shops vai disparar...

5 de agosto de 2008

Jornalismo de ficção

As regras são simples:

Receber uma ideia pré-formatada pelo chefe, anexada a um título pré-determinado e escrever sobre esse ponto de vista sem ouvir ninguém.

Basta inventar uns nomes de hipotéticos anónimos com quem o público se soladirize, juntar-lhes umas declaracções q.b. que poderiam muito bem ser verdadeiras, levar ao microondas por 10 minutos et voilá!

Na melhor das hipóteses, para dar uma pitada de veracidade, procura-se a opinião de um "especialista" que se digne a concordar com o ponto de vista apresentado sem qualquer ressalva. Os outros serão, porventura, uns ressabiados!

No final, a autoria "não interessa nada", como diria alguém...

Verão Pilidoçante!

Estas férias a minha filha brincou que se fartou no campismo, a afuguentar formigas com a sua "bedejeira"! Além disso, aprendeu a manejar a espada "pilidoçante" com a destreza própria dos "doi j'anos e meio" e descobriu que existe um "Media Mako" onde vendem "devêdêdês" das "Chiclete" e do "Pilata ó-ó" (que, para quem não sabe, são músicas das Docemania e da Lilly, respectivamente!).

A parte mais chata foi a da amigdalite aftosa! Durou 2 semanas... exactamente o período de férias. Para a próxima não mando o mail à garganta da miúda a avisar que vamos de "vacances" e pode ser que apanhemos a "bicha" distraída.

Tirando a febre, a dose cavalar de medicamentos que a garota teve de tomar, o mau atendimento hospitalar, o diagnóstico errado feito pela médica que, para cúmulo, receitou medicamentos para adulto a uma criança que ainda nem três anos tem com a justificação de que "já tem 16 quilos" - nesta particular valeu-nos um farmacêutico atento e uma pediatra sempre disponível, ainda que a centenas de quilómetros de distância - tirando tudo isso... ao que se acrescenta um total de três idas à praia... tirando isso, dizia eu, as férias até foram boas!

Estivemos sempre juntos, houve carrossel até enjoar e comprei lingerie em saldos... Um conselho para as meninas online: Quando forem de férias façam como eu, esqueçam-se de confirmar se levam soutiens na bagagem antes de saírem de casa e a visitinha a uma loja de roupa interior é garantida!


Tradução:
Bedejeira - Botija de água usada para os grelhados a carvão;
Espada pilidoçante - Balão em forma de espada que ela acha ter qualquer coisa a ver com uma série infantil que dá no Panda e onde, ao que parece, existe um "não sei quê pilidoçante" que ainda não conseguimos descobrir o que se trata.

1 de agosto de 2008

Poderes... pudera!

Há quem diga por aí que há quem pense por aqui que a solução para os problemas da nação reside em medidas como a flexibilização de horários de trabalho ou o pagamento de até metade dos salários em espécie por parte das empresas... tudo isso sem o acordo do trabalhador! Ora essa, acordo por quê? Trabalhar até faz bem à saúde e se a pessoa tiver a sorte de ser um número mecanográfica numa gasolineira a segunda medida até nem é de desprezar! Afinal de contas é pelo bem da nação, dizem, e se a maioria aprovar está aprovado... a menos que estejamos a falar dos poderes do Sr. Presidente da República. Esses são intocáveis... afinal, a unanimidade não pode ter assim tanta força. Pudera!

4 de julho de 2008

O Mundo numa bolha



Duas sondas Voyager vagueiam no espaço há mais de 30 anos... mas ainda têm muito que "palmilhar" até atravessarem a heliopausa, considerada como a derradeira fronteira! Por agora, permitiram-nos fazer uma descoberta magnífica: o sistema solar está envolto numa bolha gigante que, ao invés do que se pensava, não é redonda, mas antes amolgada num dos lados como se tivesse levado um "soco".

A esta distância, dá para pensar como somos pequeninos. Uma espécie de lágrima... quem sabe, do Criador!

27 de junho de 2008

Têm asas mas nem chegam a sair do supermercado

8 iogurtes, 3 litros de leite meio gordo, 2 litros de leite magro, 2 pacotes de bolachas, 1 kg açúcar, 1 kg farinha, 1 kg sal, 1 detergente para a loiça, 1 amaciador do cabelo, 3 sabonetes... tudo atirado para cima do balcão do supermercado! "Vai desejar saco?" pergunta a menina-robotizada sentada do lado de lá. Não, vou enfiar isto tudo no soutiã e sigo assim aconchegadinha para casa. "Sim, por favor", respondo. "Um?", volta a perguntar a menina sem brilho nos olhos. Um não chega, mas um e dois terços, quem sabe? Ou então venda-me saquinhos só com uma asa!E já agora, qual é a empresa responsável pelas lavagens ao cérebro para eu lhe enviar um SMS em como estão a fazer um excelente trabalho? "Dois, por favor"... e siga que se faz tarde.
Esta história de se comprar os saquinhos de supermercado chateia-me! Acham que só é possível educar as pessoas pelo bolso? Triste visão da humanidade

25 de junho de 2008

Vivo num concurso televisivo

Sou só eu, ou vocês também acham que as peguntas que fazem às pessoas que vão a concursos televisivos, daqueles de cultura geral, não são aleatórias?

Cá para mim, e a malta das Tvs que não me oiça agora - que que também nunca me ouviram quando lhes pedi emprego! - esperam que o concorrente esteja a chegar àquela fase interessante, em que tem hipótese de levar para casa (salvo seja, porque o dinheiro só lá chega passado uns bons meses) uns bons milhares de euros e PIMBA! Espetam-lhe com a pergunta fatal! Algo que diga respeito a um tema em que o desgraçado já tenha dito que não era nada bom!

Pois eu acho que vivo num concurso televisivo. Sempre disse que nunca iria trabalhar em imprensa... e PIMBA!

Sempre detestei modinhas (blaaaaaarrggh) e esses temas femininos... e PIMBA!

É por estas e por outras que, a partir deste momento, vou começar a pregar aos sete ventos que NUNCA VOU SER RICA! NUNCA VOU ESCREVER UM LIVRO! NUNCA VOU CONHECER O MUNDO!

... e aqui estou eu, à espera que me caiam todos os "pimbas" em cima da cabeça...

19 de junho de 2008

"Serviço permanente"

Que raio de serviço se pode esperar de uma agência funerária que vê necessidade em colocar nos carros onde transporta os defuntos o seguinte dizer, em letras garrafais: "Serviço Permanente"?????

Haverá a possibilidade de o cliente (vulgo, morto) optar por um serviço temporário? É que se assim for, não vale a pena andarmos meio ano a trabalhar para pagar impostos e outro meio para poupar para um caixão em madeira de cerejeira...

A personalidade vem sempre ao de cima

Quando alguém nos fala de igual para igual, se ri das mesmas piadas referentes às hierarquias e se lamenta das mesmas injustiças profissionais, pensamos que conhecemos essa pessoa como a palma das nossas mãos.

Até que, um dia, a "sorte" sorri a essa pessoa e dá-lhe a oportunidade de revelar o seu "eu" interior. Nesse momento vemos, com tristeza, nascer um novo déspota e pensamos: Nunca hei-de ser assim...

Quando a "sorte" tira o nosso nome na rifa confirmamos quem somos de verdade e aí, das duas uma: Mergulhamos numa guerra sem precedentes contra o Mal ou aliamo-nos a "ele" e morremos por dentro.

9 de maio de 2008

Direito ao silêncio *

Maiakovski, poeta russo contemporâneo de Lenin, disse certo dia:

"Na primeira noite, eles se aproximam e
colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.

E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada."

* Custa-me muito ter de relembrar isto!

7 de maio de 2008

Ausências (es)forçadas

Estive por aqui, invisível aos vossos olhares! Deambulei sem sentir os meus próprios pés. Gritei para dentro e fui puxada à realidade pelo meu próprio sangue, que pulsava sem freio... Não me acalmei, mas talvez esteja melhor!
Já cá estou novamente, com o coração intacto. É o que interessa.
Agora, vou ali mas deixo o "já volto" no ar, em jeito de promessa.

17 de abril de 2008

Muda de vida se...

A letra é de António Variações e a mensagem aplica-se! A mim, pelo menos. Profissionalmente.

Quando tudo estava a ir mal, eis que alguém se lembra de ir à "casinha" e despejar para cima de mim mais uma daquelas ideias pouco brilhantes, baças mesmo, típicas da Aldeia do Ranho!

Quero fazer Logout. Alguém que me dê um comprimido daqueles do Matrix, por favor. Vários. A decepção é muito mais difícil de engolir!

11 de abril de 2008

Praguejar em Bom Português º

(O CONTEÚDO QUE SE SEGUE PODE CAUSAR MIOPIA OU ENXAQUECAS TEMPORÁRIAS AOS MAIS SENSÍVEIS)

A forma portuguesa de bem praguejar tem regras muito peculiares que apenas se aprendem na escola da vida. Façam o teste e descubram se são Tugas à séria ou se têm aquele "piquinho a pedigree" que não engana...

1 - Como se manda trabalhar um daqueles tipos que nos chateiam a meio da rua com questões sobre "Falar em Bom Português"?
a) Vai para o caralho
b) Vai p'ó caralho
c) Vá chatear o pénis do Fernando Pessoa!

2 - E como se remata a conversa com alguém que tenta impingir-nos um cartão de crédito em pleno centro comercial?
a) Olhe, vá incomodar a vagina da senhora sua prima.
b) Cona da prima!
c) Cona da tia... tá a ver?

9 de abril de 2008

Política dos 3 R's

Quando me disseram (faz de conta) que iria trabalhar para uma empresa em que estava implementada a política dos 3 R's, senti-me realizada.

REDUZIR, RECICLAR E REUTILIZAR, tudo em prol de um bom ambiente... não podia estar mais enganada!

Os tais dos 3 R's, afinal significam: REMENDAR, REFAZER E REPORTAR. E o bom ambiente, nem cheirá-lo!

2 de abril de 2008

Aqui não há pão para malucos!

Quem diz é o povo e a razão está, concerteza, do seu lado!

Em tempos idos, o pão era considerado uma iguaria! Era preciso alguém ter campos semeados de milho, trigo ou centeio para poder fazer o pão, tarefa dura reservada a mulheres de braços grossos com mão boas para amassar... pode dizer-se que era o equivalente a ter riqueza! Quem tinha menos terras lá se aprontava a trabalhar nas dos outros, na garantia de receber uma parte da broa no final!

Hoje, o pão está "pela hora da morte". Hora essa que, esperamos todos, seja bem tarde... lá "para as quinhentas", como dizia o meu pai sempre que eu chegava a casa à hora do galo cantar.

Uma mão cheia de bolas de mistura já ultrapassa os 200 escudos de antigamente, o que faria rebolar os olhos de muitas domésticas no tempo da outra moeda! Ora, assim sendo, os malucos que me desculpem, mas a não ser umas migas de pão duro que eventualmente sobre... terão de se contentar com o copo de água que não se nega a ninguém. E não digam que vão da minha parte

31 de março de 2008

Nariz de Pinóquio

Amanhã é Dia das Mentiras. Venho dizê-lo hoje porque se o dissesse amanhã poderia significar que afinal, era mentira.

No Dia das Mentiras, por definição, é proibido dizer a verdade... logo, é um excelente dia para por em prática certas actividades como a "lambe-botice" na esfera laboral, por exemplo.

Num registo mais íntimo, é o dia perfeito para os homens - ó pra mim armada em conselheira matrimonial - expressarem às suas companheiras o entusiasmo que sentem pelos seus celulíticos corpos e negarem, a pés juntos, alegadas traições com a jeitosa do 3º Esquerdo! Tudo isto sem lhes crescer o nariz... ou, aliás, o que quer que seja.

Amanhã, sim quer dizer não e vice-versa. "Cheira-me" que é dia de folga para a classe política.

26 de março de 2008

A 30 à hora

Era uma vez um "boguinhas", pertença de uma família muito antiga e numerosa; Tão numerosa, que o velho "boguinhas" se arrastava pelas auto-estradas do país abaixo da velocidade mínima obrigatória!

Quando os primos europeus lhe perguntavam "Então Portugal, como vai a vida?", respondia com o "mais ou menos" do costume, encolhia os ombros e franzia o sobrolho! E lá seguia na sua vidinha, à velocidade permitida no interior das localidades e a tentar não perder peças pelo caminho. Era, aliás, esse o motivo porque nem sequer se atrevia a carregar na sua velhinha buzina!

Em tempo de Páscoa...


... o que os cristãos precisavam era de um bom cordeiro! Tenrinho, cheio de vida e sangue novo para pingar cruz abaixo enquanto lhe espetassem os cravos nas mãos e pés! Calhou a (má) sorte à aluna do Carolina Michaelis que agrediu a professora "por causa" de um telemóvel. Por arrasto, qual povo judeu, aquela instituição está agora sob a mira atenta da justiça romana.

Ora, há umas quantas perguntas a colocar antes de se aceitar o veredicto de culpada do qual a jovem, por mais que esperneie, não se vai safar.

1º) A aluna merece ser crucificada?
O vídeo no You Tube prova que a jovem agiu mal. Em vez de acatar a decisão da professora que, imagina-se por que razão, lhe retirou o telemóvel, resolveu reivindicar o seu direito de proprietária, levantou-se e, do alto dos seus 15 anos gritou: "Dá-me o telemóvel já!".
Esta questão, levaria a outras, que não tenho tempo de desenvolver aqui, mas deixo uns "rabinhos" para quem esteja interessado em cheirar:
* A culpa é dos pais da jovem, responsáveis pela sua educação e que permitem que ande com um telemóvel, provavelmente ofereceram-lho e até lhe pagam as chamadas?;
* A culpa é dos fabricantes de telemóveis e publicitários, que apelam de modo bastante atraente ao uso deste aparelho de comunicação por pessoas a partir do momento que não usam fralda?
* A culpa será da escola que não tem autocolantes homologados (ui, ui, o poder que têm as coisas homologadas) espalhados no interior da sala de aula, inclusive debaixo do crucifixo, a dizer que não é permitido o uso de telemóvel naquele espaço?
* A culpa é do 25 de Abril que ensinou as pessoas a não darem de mão beijada o que lhes pertence?
* A culpa é do Salazar, que não tinha nada de ter caído da cadeira porque no tempo dele é que o respeitinho era muito bonito?
* A culpa será da professora, que não sabe fazer aquele olhar ameaçador que congela os alunos ao mínimo pensamento mal intencionado?

Talvez a culpa seja da sociedade, mas crucificar uma sociedade inteira dá muito trabalho, é um convite a imigrantes no desemprego com jeito para a martelada e carpintaria e... não nos interessa. Por isso, prossigamos.

2º)A professora é inocente?

Tanto quanto Barrabás. Cometeu vários "crimes" de incapacidade de liderança e de isenção de pulso para vergar jovens adolescentes ao poder da sua palavra... mas como é menos "perigosa" para a sociedade (a tal que está a merecer umas boas vergastadas no tronco), vai ser libertada em troca da crucificação da jovem estudante.

3º) Quem é o Pôncio Pilatos desta história?
O sistema educativo, que lavou daí as suas mãos e entregou o caso à justiça de Caifás... perdão, do Tribunal de Menores!

4º) E o papel de Judas, calhou a quem?
Ao jovem colega, amiguinho, que a incentivou a agir de mau modo e, depois lhe deu o beijo fatal ao colocar o vídeo no You Tube... em troca de 30 pageviews!


Conclusão:
A jovem portou-se mal?
Portou.
O que merece?
Um puxão de orelhas.
Que castigo vai receber?
Vai ser humilhada e condenada em praça pública.
Porquê?
Porque foi apanhada no You Tube... em tempo de Páscoa.

FOTO: O Cristo Amarelo, de Paul Gauguin

18 de março de 2008

Em nome da saúde púbica...

Depois do piercings, as cuecas fio dental são as próximas inimigas púbicas a abater!!! Vamos lá meninos, toca a baixar as calcinhas para a contagem dos furos e vistoria da lingerie... Passar à clandestinidade vai assumir uma dimensão totalmente nova.

14 de março de 2008

Ser...

Ser é mais do que existir
É a antítese de ter
Vai além do receber
Está na essência do dar.

Ser é não ter de fingir
É tentar compreender
Sentir o prazer de viver
Ser... é imaginar!

Conversas de CÚ PARA A PAREDE

Estava eu EM PLENO WC, nos preparos próprios do local, quando duas meninas entram e decidem partilhar segredos de DIETAS.

- Ando a beber um litro e meio de água por dia há já um mês e ainda não noto nada... - Diz a primeira moça, enquanto solta uns PING... PING resultantes de tamanha sede.
- Mas tens cuidado com a alimentação? - pergunta amiga.
- Mais ou menos...
- Deixa mas é de comer pão e continua a beber água que vais ver os resultados!
- Eu só como pão ao almoço - Diz a primeira indignada - À noite como sempre uma coisa levezinha...
- O que jantaste ontem?
- Restos... de bifinhos com cogumelos... mas as natas eram de soja, não engorda!!!!!!!
- Não?
- Não! E, além disso, tinha um bocadinho de mostarda, que é uma das únicas coisas que também não engorda... faz é um mal brutal ao estômago!

ADMIRA-ME QUE PORTUGAL AINDA NÃO TENHA IDO PELO CANO ABAIXO!

13 de março de 2008

Reclamar, ou não?

Tudo o que é demais faz mal e, nesta matéria, RECLAMAR não é excepção.

O principal problema dos "reclamadores convictos" está em não exercerem o seu direito de liberdade de expressão e/ou à indignação junto de quem de direito. Preferem a táctica da queixinha pelas costas ou da agressão verbal ao elo mais fraco presente.

Ao mesmo tempo que fecham os olhos a situações de evidente injustiça social, encolhendo os ombros como que a dizer "Não está nas minhas mãos", assinam abaixo-assinados por coisas como o papel higiénico no WC da empresa não ter folha dupla!

Quando esta atitude resulta no encerramento da fábrica de papel e consequente despedimento dos funcionários, cerram os lábios e arregalam os olhos, como que a dizer: "É a vida!" O mais estranho de tudo é que, geralmente, estas pessoas não padecem de insónias...

A "Menezada"

Envolto num polémico "manto celestial", o Luís Filipe lá levou a dele avante e, mesmo contra as setas mais certeiras do partido, mudou algumas regras do jogo interno.

Resta esperar para ver se os apoiantes do partido são auto-suficientes ou se - quanto mais não seja à boca da urna - pedem a "Menezada" ao "chefe" desta "família"! Já lá diz o ditado que «Em casa onde não há pão todos gritam e ninguém tem razão»...

12 de março de 2008

Eh pá! Incomoda-me!

Esta moda de os jornalistas escreverem livros de ficção com base em histórias da vida real, que até investigaram, e cujos contornos nunca foram totalmente esclarecidos, cansa-me!

Falam - como quem detém o poder da omniconsciência - de alegados homicídios de pessoa cujos cadáveres nunca foram encontrados, por outras pessoas que deram o dito à (também alegada) paulada, por inconfessável!

Fazem crer que são os únicos a perceber os contornos que rodearam o - para o resto do mundo - misterioso desaparecimento de inúmeras crianças.

Põem no papel teorias de rapto, assassinato ou até misticismo com dois séculos de origem, ouvidas na mercearia da esquina e comentadas levianamente ao sabor de um pastelinho de Belém!

Apresentam como provadas e fundamentadas suspeitas que, pelo seu próprio pé, não conseguem atravessar os portões do reino da fantasia, ao mesmo tempo que, como que a prever um desfecho em tribunal, avançam logo no prefácio que qualquer semelhança com a realidade é pura fantasia.

Esta moda, que agora faz correr rios de tinta e embeleza os currículos de inúmeros "boys" a engrossar as fileiras das candidaturas ao melhor "job" - nem que isso implique O famoso "sopro" - é idêntica àquela que aposta na biografia de figuras mediáticas que só estão à espera de receber em casa a carta registada com aviso de recepção a confirmar o óbito para envergarem o seu melhor fato e se deitarem com as mãos sobre o peito, em forma de prece!

Isto incomoda-me. Imagino-os, do alto da sua chica-espertice, a pensar para os seus botões: Hum... Vamos lá a ver quem é famoso e está com os pés para a cova! Depois é só ir à net sacar informação, dar dois dedos de paleio com o "artista" e está feito!


P.S.: Será que estas pessoas, quando fazem a lista das compras também escolhem os produtos que vão comprar a pensar no que os hipermercados precisam de escoar dos seus armazéns?

Garrafas de óleo e mitos urbanos


O Rui Reininho ainda anda "A ver garrafas de óleo, boiando vazias nas ondas da manhã"... e não é o único.

A CULPA é desse MITO URBANO que, durante tempo a mais, intimidou jovens como eu (tenho de aproveitar o rótulo de pele sem rugas enquanto posso) com alguma consciência ecológica em crescendo - faz-se o que se pode com as nozes que Deus nos dá! - e que consistia em PROIBIR A RECICLAGEM DE GARRAFAS DE ÓLEO VAZIAS.

É impossível retirar toda a gordura - diziam vozes supostamente esclarecidas pelos programas do Goucha - e, como tal, não se deve reciclar! Deve-se atirar com as malditas para o lixo comum e esperar que um cometa gigante recicle o lixo do planeta... Ridículo, não vos parece?

Pois bem, se não sabem o que fazer a algum do vosso lixo - como, por exemplo, aquelas embalagens de Cèrelac, passo a publicidade, que não são nem de plástico nem de cartão, mas sim de um enervante material prateado... será que, depois de derretidas dão para fazer chumbadas para ir à pesca? -, consultem O Meu Ecoponto e, na dúvida, RECICLEM!

11 de março de 2008

Dizem que ELE escreve certo por linhas tortas...

Andava eu no último ano do liceu quando uma professora substituta de Português - a "oficial" teve um problema qualquer com não sei quê que agora não me lembro porque, na realidade, não sei bem! Ora bolas, uma adolescente tinha mais com que se procupar do que com os problemas dos setôres... - me deu uns MUITO INJUSTOS 10 valores num teste.

Como não sou de compactuar com as malfeitorias dos outros, acerquei-me da moça e, depois de um educado "desculpe", disse: Ó setôra, estive a acompanhar a correcção do teste e não percebo porque razão tive apenas 10 valores quando está tudo bem!

A contragosto, a pobre da substituta lá levou o teste para casa para "rever"! Ora, qual não foi o meu espanto quando, no dia seguinte, ela me devolve a prova com uns míseros 12 valores rabiscados. Engoli em seco, enquanto gritava por dentro: SUA ESTÚPIDA, SE O TESTE FOI OBTIDO DE FORMA ILEGAL, FEITO PREVIAMENTE POR UM GRUPO DE "CAROLAS" E TODO COPIADO, COMO É POSSÍVEL TER SÓ 12 VALORES???

Acalmei. Ri-me da ironia da questão e, com toda a lata do mundo, indaguei sobre a modéstia da nota atribuida. A resposta foi a seguinte: "Como só tiveste 10 valores no período anterior não te posso dar uma nota superior a essa!"

É DESTAS INJUSTIÇAS (claro que, no meu caso não posso dizer que tenha sido mesmo uma injustiça, já que houve batota nos bastidores, mas tivessem aquelas palavrinhas saído todas do meu punho por inspiração divina e o resultado seria o mesmo...) QUE OS PROFISSIONAIS, SEJAM ELES PROFESSORES OU VARREDORES DE RUA, TÊM MEDO QUANDO O SEU DESEMPENHO É AVALIADO.

7 de março de 2008

E um trabalho a sério não se arranja?

Andava eu no segundo ano da Universidade quando a minha tia Lucinda, do alto do seu mestrado de Lavoura, me perguntou: Então? Já acabaste os estudos? Não? É preciso estudar tanto tempo? Lá em Lisboa não se arranja trabalho é?

Pensei nisso durante uns tempos! Resolvi esquecer e prosseguir naquele caminho... até ao dia que, com mais de um ano de trabalhinho a sério "no bucho", dei por mim a ter o seguinte pensamento: Se, ao menos, trabalhasse na recolha do lixo sabia que estava a fazer alguma coisa de útil!

Ganhava 60 contos (nada mau, comparativamente com os estágios não remunerados agora tão em voga); Trabalhava de manhã à noite... quando não era pela noite dentro; e sentia-me uma perfeita inútil. O sonho de ser jornalista ficou mais depressa obsoleto do que o Pentium III que comprei na época.

O que fazes? - Perguntam
Escrevo. Sou jornalista. - Respondo
Coitada - Pensam... e não sabem da missa a metade!

Escrita "aguçada"


Gostava de ser uma espécie de sniper da escrita. De pegar no ditado "cada tiro, cada melro", adaptá-lo para "cada palavra, cada ideia revolucionária" e tatuá-lo na testa. Ou, pelo menos, na parte interna do antebraço...

Ter o dom da palavra deve ser um espectáculo, e viver disso, então, deve dar muita vontade de rir. E eu que gosto tanto de me rir! No liceu até havia quem me dissesse: Ó rapariga, tás-te sempre a rir! Isso não é normal; Podia ter alegado muita coisa, desde a potência dos órégãos à fronha ridiculamente séria dos meus colegas de 15 anos... mas optei sempre por me rir em resposta!

Acontece que acho que não tenho a escrita aguçada! Tenho a ponta do lápis toda torta à conta das navalhadas... É o que dá trabalhar na imprensa cor-de-rosa.

Propostas de AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO!

A rebaldaria em que este país se encontra só pode ser resolvida depois de uma eficaz avaliação de desempenho dos profissionais das mais diversas áreas da sociedade. É isto que dizem os entendidos... em letras muito miudinhas e em jeito de rodapé, porque acima de tudo está o Ambiente e não queremos matar árvores só para conseguir ler "entrelinhas"!

Além disso já nos bastou ouvir, certo dia, o sermão do Santo António, padroeiro da Quercus, sobre as vantagens de lavar a loiça com a água do banho!

Continuando, a reforma começou com os professores, cujo desempenho vai passar a ser avaliado por colegas de profissão - inclusive os ressabiados que queriam ter ficado com o horário da manhã e as "outras" com quem encornaram as esposas nos intervalos das reuniões escolares -, alunos e encarregados de educação! Se a moda pega e se alastra à pré-primária vai haver muita fralda suja a ser lavada na praça pública!

Os senhores que se seguem são os que nos tratam da saúde! Aproveito para lançar um ALERTA: A partir do momento que os médicos de clinica geral começarem a ver o seu desempenho avaliado pelos doentes, os níveis de obesidade em Portugal vão aumentar! "Dona Custódia como vai isso? Dói-lhe as artroses? Tome lá um remedinho, uma massagem Feng-Shui grátis e, já agora, um pacotinho de Ferrero Rocher para confortar a alma!" Escusado será dizer que o raio das velhas se vão alapar que nem lontras nas salas de espera dos consultórios públicos!

Quando a "solução milagrosa" que promete separar o trigo do joio chegar à Justiça, então, entorna-se definitivamente o caldo.

Além de já estarem enervados por não poderem passar os habituais três meses de papo para o ar na Praia dos Tomates a coçar a micose, os senhores juízes vão ter de se haver com as dores de cabeça provocadas pelos relatórios dos "manos" que meteram no xelindró! Dificilmente a "nota final" será melhor do que um "A malta encontra-se lá fora", temendo-se que o "Tás quinado" seja a mais comum!

Depois dos professores, médicos e juízes, só faltam mesmo os governantes... mas é nessa altura que se realizam novas eleições! PEIXEIRAS deste país, tenham sempre à mão uma chaputa fresca para oferecer aos candidatos... consta que gostam do cheiro!

PSP descobriu solução para as HORAS DE PONTA!

A propósito da polémica manifestação dos professores em plena capital, disse a Direcção Nacional da PSP que, «dada a necessidade de garantir a segurança das pessoas e o fluxo de trânsito" foi solicitado a "todos os Comandos da PSP, para que obtivessem dados relacionados com o número estimado de pessoas a deslocar-se a Lisboa, o número de autocarros envolvidos no seu transporte e horários previstos de chegada.»

Como não gosto de atrapalhar e não quero ser apontada como "entupidora" do normal fluxo do trânsito, vou começar a deixar uma lista semanal dos meus percursos de carro, com horas e croquis dos mesmos, na esquadra da PSP mais próxima da minha casa! Já agora, posso solicitar um servicinho de escolta para uma eventual hora de ponta em dia de lavar o cabelo??? É que às vezes dava um jeitaço...

6 de março de 2008

Sacrificadas!

Sabiam que "em 2007, 21 mulheres foram assassinadas pelos companheiros e com elas morreram três filhos, (dois com 11 anos e um com 21)"?

Não sabiam pois não? E por quê?
Porque essas mulheres não eram figuras de capa de revista! Talvez não tivessem o look glamouroso ou, quem sabe, o "estatuto" de RP! Podiam até ter um canudo e, ou, um emprego com um elevado grau de responsabilidade, mas faltava-lhes "aquela" pitada de visibilidade proporcionada pelas festas de benificiência na companhia das Patitas e Manecas deste país. Eram insonsas!

No fundo, porque essas mulheres não eram casadas com os homens certos! - Até aqui já se tinha percebido, visto que foram os 'maridos' que as mataram - Por 'homens certos' quero dizer pessoas influentes ou de sucesso! Ora, os 'homens certos' não matam as mulheres... não por uma questão de princípios, mas sim porque isso iria arruinar-lhes os negócios e com o dinheiro não se brinca! Quanto muito, cancelam-lhes os cartões de crédito e fazem desaparecer misteriosamente o caniche que as acompanhava para todo o lado!

No dia em que uma vítima de violência doméstica não seja tão anónima quanto estas 21 mulheres o eram, nesse dia, a História escreverá um novo parágrafo! É muito triste termos de esperar que esse dia chegue...

5 de março de 2008

Censurar não compensa!

Já pensaram bem na trabalheira que Deus teve desde que correu com Adão e Eva do Paraíso? Basta olhar para o planeta para perceber que aquela ideia peregrina de proibir dois jovens na flor da idade de comer as suculentas maçãs das árvores não foi nada boa.

Quais terão sido os motivos do Criador para proibir a ingestão de maçãs? Estariam elas para o paraíso como o petróleo está actualmente para a Humanidade? O preço por barril era proibitivo? Ou terão existido razões sanitárias por detrás dessa decisão, sendo que as maçãs não possuíam as medidas exigidas pela legislação inter-galáctica e, ademais, albergavam pequenas larvas? Nunca o saberemos!

Apenas uma coisa é certa, bastaria Deus ter dito a Adão que comer maçãs iria provocar o súbito aparecimento da sogra e ele nunca teria dado a trinca fatal! Viessem todas as cobras do Mundo tentá-lo que aquela boquinha abençoada não abria um milímetro. Já a Eva, bastava Deus sussurrar-lhe ao ouvido que as maçãs estavam demodè e eram a principal causa de celulite. Estava o caso arrumado!

Mas não. Deus lembrou-se de censurar o acesso à macieira e o resultado é o que vemos. Um planeta que de paraíso tem muito pouco.

Homens e mulheres da actualidade, aprendam com os maus exemplos do passado. A censura é uma táctica anti-producente!

Crime violento nas ruas da amargura!

Ficámos hoje a saber que, em 2007, o crime violento diminuiu 10% relativamente ao ano anterior.
Agora, pergunto eu, quem foi o BUFO que deu a conhecer antecipadamente as estatísticas aos assassinos? De que outra forma se pode justificar a onda de homicídios que varre o país?

Zé Gatilho, representante dos Profissionais na Arte de Matar (PAM) já veio a público garantir que nenhum dos seus associados está envolvido nos crimes violentos ocorridos em 2008 porque, e passo a citar, "a época de caça à vítima só abre em Maio... não assassinamos em mês que tenha «r» porque dizem que são meses bons p'ró marisco e a malta prefere aproveitar para beber umas jolas e conviver". Ainda assim, Zé Gatilho aponta o dedo desarmado a certos e determinados membros do Mata, Esfola e Decapita com Ódio (MEDO), empresa privada concorrencial que actua na capital do país, garantindo que "esses gajos têm contratos por objectivos e não se importam de ficar uma noite inteira aninhados atrás de uma árvore só para garantirem o subsídio de «banho de sangue» ao fim do mês".

Por este andar, estima-se que o crime violento volte a atingir índices normais muito rapidamente. Para breve está a discussão pública de uma proposta feita pela PAM no sentido de contabilizar os óbitos de vítimas de ataque cardíaco fulminante na hora de pagar o pão na mercearia como crime violento.

28 de fevereiro de 2008

Mobbing Dick!

Em 1990, o psicólogo alemão Heinz Leymann definiu um conceito muito interessante acerca da pressão exercida no local de trabalho, regra geral de forma descendente, a que vulgarmente damos o nome de assédio moral! O MOBBING.

"Fenômeno no qual uma pessoa ou grupo de pessoas exerce violência psicológica extrema, de foram sistemática e recorrente e durante um tempo prolongado - por mais de seis meses e que os ataques se repitam numa freqüência média de duas vezes na semana - sobre outra pessoa no local de trabalho, com a finalidade de destruir as redes de comunicação da vítima ou vítimas, destruir sua reputação, perturbar a execução de seu trabalho e conseguir finalmente que essa pessoa ou pessoas acabe abandonando o local de trabalho."

São muitas as fases do mobbing e impossíveis de prever os seus efeitos colaterais. É inegável que, a nível nacional, o patronato padece deste "síndrome psicossocial multidimensional". A próstata do meu que o diga...

Profissão: Chulo!


Não sabe se é um verdadeiro chulo, um chuleco de meia tigela ou, pelo contrário, um profissional respeitável? Responda a este teste:

1 - Cumpre o horário de trabalho, compensando sempre eventuais ausências com trabalho suplementar?
a) Sempre.
b) Quase sempre.
c) Muito raramente. Tenho uma agenda muito sobrecarregada e as viagens semanais à casa de praia dão-me uma certa lanzeira às segundas e sextas-feiras!

2 - Executa as tarefas que lhe dão com a máxima rapidez e honestidade?
a) Sempre.
b) Uma vez inventei uma dor de barriga, porque não gostava daquela tarefa em particular!
c) Claro que sim, mas aviso já que se não me derem uma tarefa à altura do meu gabarito vou tomar café e volto amanhã!

3 - Acha que as pessoas deviam fazer um relatório diário exaustivo das suas tarefas, pormenorizado ao minuto, para a sua "produtividade" ser controlada?
a) Claro que não. Isso seria uma medida altamente burocrática, anti-produtiva e fascizóide!
b) Não... mas se for mesmo necessário...
c) Claro que sim. Aliás, fui eu que tive essa ideia! Surgiu-me numa altura em que estava a obrar na retrete! Mas aviso já que EU não tenho tempo para preencher relatórios...

RESULTADOS:
Máximo de respostas a - Parabéns. Você é um CHULO!!!
Máximo de respostas b - Ainda lhe falta um bocadinho "assim"... Você é um chuleco de trazer por casa.
Máximo de respostas c - Ora cá está o verdadeiro profissional competente. Apague esse sorrisinho da cara, porque o seu fim vai ser muito triste.

27 de fevereiro de 2008

BANDIDOS mas pouco!

Sabiam que há "Bandidos a sério, mas leais"?

Quem são eles? Perguntam-me vocês!
São aquelas pessoas, respondo, que roubam, exploram e matam outras - mínimo meia dúzia de cada vez -, são condenadas à pena máxima de 24 anos e saem ao fim de dez por bom comportamento! Realmente, só uma pessoa muito mal intencionada poderá duvidar que é de pessoas bem comportadas que falamos! E leais... tão leais que se sujeitam a voltar a ser presentes a um juíz apenas para defender a honra dos senhores "bófias" (por sinal, ex-colegas daqueles três a quem eles limparam "o sebo", por assim dizer...).

É que vê-se, ao longe e sem binóculos, que são boas pessoas. Pá!

A "velha" disse-lhe das boas...


Do alto dos seus 70 anos, Simone de oliveira não se coibiu de brindar o actual director de Programas da RTP 1 com miminhos como "Você não percebe nada disto" e "é um badameco".

A indignação da actriz ficou a dever-se ao horário - muito menos "nobre" do que previamente acordado - escolhido para o remake de Vila Faia. O prestígio alcançado por Simone junto da sociedade permite-lhe gritar, alto e bom som, em defesa do que considera ser justo... será assim tão estranho que todos os outros tenham ficado calados quando, no seu íntimo, pensavam precisamente o mesmo? Não acho que seja estranho, tendo em conta as lavagens cerebrais institucionais que as últimas gerações sofreram ao longo dos tempos. É, apenas e só, muito triste!

Vivemos num país de apáticos, onde está meio mundo à espera que o outro meio - farto de se indignar para dentro - avance com lutas por ideais! É mais ou menos como o filho mais novo que se senta muito quietinho no sofá, a sorrir candidamente para os pais, enquanto o irmão anda de rojo nas trincheiras de uma guerra psicológica com os adultos que não lhe querem dar "certas e determinadas" liberdades! O puto espera sempre que sobrem algumas "migalhas de liberdade" para si...

Ser bufo!

Pobre do bufo que julga deter algum tipo de poder.

Aprisionado numa teia invisível de inconfidências, ardilosamente tecidas e entremeadas com teorias da conspiração, anseia por ascender ao último patamar da hierarquia... se conseguisse sair da sua mesquinha pele e vestir, por breves momentos, a de todos os que denunciou e ajudou a aniquilar, para sentir no corpo as dores de se ser mal parido, talvez percebesse que está a lutar por uma causa ignóbil!

Se és bufo, lembra-te que cada pérola que te atiram é apenas mais um prego para o teu caixão.

25 de fevereiro de 2008

PETIÇÃO

Meus amigos!

Anda por aí tanta petição a circular na internet - ora é pela senhora coxa que mora num 5º andar e tem claustrofobia, logo não pode andar de elevador e fica confinada em casa, o que agrava a sua condição e a faz hiperventilar; ora é pelo cão do salsicheiro que desenvolveu uma "bicha" nos intestinos derivado do excesso de carne de porco; ora é pelo canalizador, cuja fantasia erótica consistia em fazer amor com uma porca sextavada e acabou por ser sujeito a algumas indignidades quando deu entrada nas urgências do hospital e o obrigaram a ficar, durante uns pares de horas, em exposição na sala de espera - e nada de aparecer uma alminha condoída com uma situação grave e desumana a ocorrer em plena capital do Estado.

Já que ninguém diz nada, chego-me eu à frente! Deixem-me só desarredar aqui estas revistas... bom, dizia eu que, em Lisboa, há MILHARES - não são dezenas, não são centenas, são Milhares - de multas abandonadas! Deixadas ao Deus dará... a sofrer pelos cantos das instalações da extinta DGV, enquanto aqueles que lhes deviam dar cama, mesa e roupa lavada foram para parte incerta sem deixar, ao menos, um contacto telefónico às pobrezinhas...

Mais tarde ou mais cedo, quem também vai sofrer com esta situação é o prevaricador conscencioso, que anseia pelo momento de receber a multinha em casa, de molde a que se faça Justiça. Posso só imaginar a angústia dessas pobres almas, na incerteza de algum dia poderem vir a emendar os seus erros.

Façam lá uma petiçãozinha. Não é por mim... é por elas e por eles!

22 de fevereiro de 2008

...

Sei que tinha qualquer coisa para partilhar, mas não consigo lembrar-me do que era! Fica a intenção. Há quem diga que é o mais importante...

E uns conselhos de final de semana: AMEM, RIAM, VIVAM... enfim, SEJAM FELIZES.

21 de fevereiro de 2008

Perguntinhas de MERDA

Uma pessoa entra no WC das Senhoras com um ar abatido.
Outra, que lava as mãos, pergunta "Então, tudo bem?" sem, sequer, levantar os olhos. A enjoada - por motivos de saúde - responde: "Estou a sentir-me maldisposta..." A sonsa - por motivos de evolução pessoal e emocional - sai sem, sequer, ouvir a resposta...

Quando pessoas como esta se cruzam comigo na estrada da vida, pergunto: What's the point???

WHO ou WHAT AM I?

"I am becoming"

Parece simples, mas chegar "lá" é muito complicado... os processos de transformação são sempre dolorosos! Espero estar no bom caminho.

15 de fevereiro de 2008

Há pessoas más?

De vez em quando [para não parecer mal] sai uma notícia sobre a escravidão no século XXI. Hoje li esta, em que se fazem algumas constatações perturbadoras. Destaco as seguintes:

* Actualmente, 2,5 milhões de pessoas são traficadas e escravizadas.
* As pessoas são um produto menos problemático do que as armas e as drogas.

Nos cursos para traficantes de pessoas fazem lavagens ao cérebro ou a DESUMANIDADE já é característica inata nos candidatos? Como é possível alguém viver à custa da extrema infelicidade, miséria e degradação dos outros e não perceber o GROTESCO da questão? Como é possível uma pessoa encarar outra como um mero produto?

O que falhou? Foi a sociedade que transformou estas ex-pessoas em traficantes de seres vivos? Foram os pais que não lhes souberam transmitir os valores essenciais da vida? Serão eles (APENAS) pessoas más? Como é possível?

Colarinhos brancos em negação!

José Miguel Medeiros, Secretário de Estado da Protecção Civil, esforçou-se por convencer o Parlamento de que o Código da Estrada em vigor não funciona. Parece que, em três anos, apenas nove cartas foram apreendidas!

O que vemos aqui é um berbicacho de competências. Ou seja, a lei já existe e prevê que o condutor fique sem licença de condução quando praticar três contra-ordenações muito-graves ou cinco entre graves e muito-graves. Falta é quem a aplique...

O governante disse aos deputados que ninguém pode acreditar que apenas três portugueses se tenham habilitado a ver a sua cartinha - saída na mítica farinha Amparo -cassada (antes que comecem com histórias de que é com cê de cedilha, NÃO É! É mesmo com dois ésses!).

Então os senhores deputados não sabem que os tugas são péssimos condutores? Os pequeninos são todos agressivos ao volante, com manias de ultrapassar pela direita; os velhos são umas lesmas que andam a perigosíssimos 20 Km/hora e nunca fazem "piscas"; as gajas com carros de alta cilindrada, sempre a fazer marcações com os clientes por telemóvel, ao mesmo tempo que pintam as unhas dos pés e fazem marcha-atrás... Será que os deputados não sabem??? Pensam eles que vivem no País das Maravilhas? Se calhar preferem recorrer a motorista... com medo das tais contra-ordenações!

O governante fez questão de lhes dizer que não vivemos no País das Maravilhas, mas talvez se tenha enganado. Afinal, em Portugal também só há 22 pessoas presas por corrupção... e HÁ QUEM FINJA QUE ACREDITA SER POSSÍVEL!

14 de fevereiro de 2008

As coisas que uma mãe implora...

... a uma criança de dois anos, com alguns gritos, ameaças e braços no ar à mistura:

* Tira a maçaneta da porta da boca!
* Para IMEDIATAMENTE de lamber o caixote de lixo.
* Larga JÁ o piaçaba!
* AI DE TI se voltas a pegar no detergente que está pendurado na sanita...
* Os lençóis da cama não são para varrer!

12 de fevereiro de 2008

Posso perder-me, posso?

A resposta é DEPENDE! Uma resposta irritante, no mínimo. Pois, parece que, a partir de Maio, quem subir ao Pico, nos Açores, tem de levar uma pulseirinha com GPS, não vá o Diabo tecê-las e a pessoa perder-se pelo caminho. A ideia até era boa... não fosse dar-se o caso de se ter transformado numa regra de cumprimento obrigatório!

Vai (há lá melhor forma de iniciar uma pergunta retórica do que esta?... esta do "há" também não está pior...) que um fulano se quer perder à vontade algures no ponto mais alto de Portugal e ficar por lá sossegadito, sem ter de aturar as picuinhices da mulher e os narizes entupidos dos putos?
Pode? Não.
E se for na Serra da Estrela? Pode? Pode... por enquanto.

Está dado o primeiro passo para que, qualquer dia, um tipo deixe de poder usar a mítica desculpa do "Vou comprar fósforos" para abandonar o lar! Vai comprar fósforos mas não passa a porta da rua sem a pulseirinha com GPS soldada ao punho... não vá ele perder-se pelo caminho.

8 de fevereiro de 2008

Uma questão de perspectiva

Which side of your brain is dominant?, perguntam-me "eles" via e-mail.

Falam-me em hemisférios e em como os ditos são responsáveis pela nossa criatividade ou capacidade lógica... como percebo mais de arrumações do que de Geografia*, respondo da seguinte forma: Visto do avesso, é o lado de fora!


*Eu bem tento, mas tenho um sacana de um handicap - há quem lhe chame despassaradice - que só me permite recordar o nome e localização de sítios onde já dormi, comi ou fui muito feliz! Quando me dá forte, só me lembro da primeira letra do raio do nome da terra... para verem o que sofro! Se, depois disto, quiserem continuar a insistir em perguntar-me indicações para "sítios", ficam à vossa responsabilidade...

Crianças a "render"!



As crianças estão a ser literalmente perseguidas desde tenra idade, pressionadas a serem as melhores, maiores, mais inteligentes e mais bonitas das redondezas! Tudo para que os papás se sintam igualmente deuses no seu papel de progenitores! Um fenómeno que assola a classe média, desesperada por atingir o topo a qualquer custo. "Quero que o meu filho seja futebolista... a ver se nos tira desta vidinha!" é uma frase muito comum nos dias que correm, em que as crianças são atiradas para castings (seja de futebol, publicidade ou novelas) desde o berço.

"Arranjar" o casamento de um filho [como se fazia "intigamente" ou como ainda defendem algumas culturas] é, hoje, muito mal visto na sociedade Ocidental. Pré-determinar o seu futuro profissional, obrigando-o a longas horas de trabalho infantil, isso já é bonito! "Ele anda muito cansado... mas gosta tanto, tadito!", desculpam-se os pais.

Não falo de uma actividade lúdica, daquelas que ocupam um par de horas semanais e, além de algum tipo de conhecimento e experiência extra, trazem muita diversão à rotina da criança! Falo de um trabalho infantil, com chefia, longos horários a cumprir e remuneração... os ditos falsos recibos verdes. Ou, neste caso, falsos mini-recibos verdes.

Entretanto, surge agora a notícia de que as crianças inglesas são as mais pressionadas, logo desde os quatro anos de idade, a demonstrar elevado rendimento escolar!

Qual a sensação que a escola lhes transmite? STRESS!

Qual o resultado prático desta política de Educação? Aos 11 anos, a sua performance escolar é ultrapassada pela dos suecos e finlandeses que, IMAGINE-SE, SÓ ENTRAM NA ESCOLA AOS SETE ANOS! Uns bárbaros!

7 de fevereiro de 2008

Ai está cansadinho? Então RUA!

«Um trabalhador que esteja cansado física ou psicologicamente, porque está mais velho, porque tem problemas familiares, porque trabalhar naquela empresa não era exactamente o que pretendia ou porque se desinteressou do trabalho, deve poder ser despedido por justa causa», defendeu Gregório Rocha Novo, membro da direcção da Confederação da Indústria Portuguesa.

Então era assim: o Sr. Silva dá um suspiro, em pleno WC, e leva com um processo disciplinar por alarde de cansaço físico. Chamado a prestar declarações, o Sr. Silva justifica que apenas suspirou porque estava preocupado com a produtividade da empresa e não via solução para os problemas de gestão. É-lhe posto novo processo por alegar cansaço psicológico e insatisfação! Apesar de incrédulo, o Sr. Silva decide que não quer problemas e responde: "É pá, façam de conta que eu não disse nada! Isto são coisas da idade... eu não tenho nada a ver com a gestão da empresa!"

Aí, o Sr. Silva é despedido por justa causa. Porque está velho e porque se desinteressou do trabalho!

Lá chegará o tempo em que o Sr. Silva dá um suspiro, em pleno WC, e leva um balázio na tromba! Sempre se poupava trabalho e burocracia em processos disciplinares!

"E esta... hein?"*


TRABALHAR MAIS DE 40 HORAS POR SEMANA FAZ MAL À SAÚDE!

A notícia foi hoje publicada aqui mas não mereceu honras de grande destaque! Nem ali, nem a nível nacional... anda tudo caladinho!

Na minha, salvo seja, empresa há uns lugares especialmente reservados para fotocópias de artigos de Economia relacionados com a produtividade das pessoas e das empresas! Se calhar vou imprimir este e colocá-lo lá, em jeito de actualização! Ora bolas, lembrei-me agora que, por causa da dita produtividade não tenho acesso a impressoras nem fotocopiadoras... essas máquinas do Demo!

Resta-me esperar que o patrão dê de caras com o estudo, elaborado pelo Governo de Barcelona, e o coloque nos ditos locais. Mas espero sentada, porque as varizes não ficam bem a ninguém!

Fosse este um estudo encomendado pelo Governo português e o resultado seria outro. Alcochete, por exemplo! Ou então OTA. Até parece que oiço o ministro a justificar a conclusão no Parlamento: "Senhores deputados, após um exaustivo estudo, concluímos que trabalhar mais de 40 horas por semana provoca Alcochete nas pessoas!" E pimba, lá estava a mensagem subliminar para convencer o pessoal acerca da "melhor" localização para o novo aeroporto em Portugal! Contudo, quer-me parecer que, quando o tal novo aeroporto for uma realidade, já teremos sido todos engolidos por um qualquer buraco negro à espreita no Universo!

Voltando ao que interessa, os cientistas espanhóis concluiram que trabalhar mais de 40 horas por semana faz mal à saúde, tanto física como psicologicamente. As mais lesadas são as mulheres, em grande parte porque recai sobre elas quase [Srs. jurados, é favor ignorarem a palavra anterior] todo o trabalho doméstico, mas também porque, do ponto de vista emocional respondem pior à pressão. Choram e tal! Cenas de gaja.

Quanto aos homens, só são afectados aqueles que têm altos cargos de responsabilidade e recebem ordenados chorudos! É neste ponto que eu, escrava do lar e das teclas, me sinto solidária com o meu patrão, esse ser incompreendido. Na volta também chora sozinho, como as gajas, ao som da Ágata!

* Já dizia o Fernando Pessa

6 de fevereiro de 2008

Trálálá...

Era a capuchinha vermelha mais linda, encantadora e "apetitosa" do Mundo. Como se queria! O diálogo entre ela e a mãe, enquanto colocavam o lanche na cesta para a menina levar à avózinha, foi ligeiramente diferente da fábula...

- Estás mascarada de quê filha?
- De Carnaval!

Entre marido e mulher... mete-se o decreto-lei!

Esta mulher foi agredida pelo marido e, como tal, viu-se obrigada a pagar 152 euros por uma consulta de urgência no Hospital de Braga! Caso tivesse caído das escadas abaixo limitava-se a pagar a taxa moderadora... e isto por quê? Por causa de um decreto-lei que, apesar de ter um ano, ainda não está regulamentado e permite aos hospitais uma livre interpretação.

No hospital de São Marcos, em Braga, quem diz ter sido vítima de violência doméstica paga taxa moderadora (8,5 euros) e nota de débito da consulta (143,5 euros). A partir do momento que fique provado em tribunal que tal agressão existiu (o que obriga a pessoa a dispender de mais cerca de 200 euros só para dar início ao processo), revê o dinheiro. A continha passa, então, para o agressor! Caso não disponha de provas suficientes, chapéu! Que é como quem diz, ganha um olho negro, um rombo na conta bancária e um par de anos sem dormir por causa dos nervos... e sai da história com o seguinte conselho a transmitir às gerações futuras: Se levares na tromba do teu marido jura a pés juntos que foste contra uma porta!

Tivesse a mulher dado entrada no hospital de Santo António, no Porto, e a participação à PSP contra o agressor garantia-lhe um papelinho que a isentava de qualquer pagamento, inclusive de taxa moderadora!

Portanto, se forem vítimas de violência doméstica, antes de irem ao hospital telefonem a perguntar qual a interpretação que por lá se dá ao tal decreto!

Quanto ao marido da senhora que foi agredida, surgiu-me uma dúvida! Caso o juíz determine que ele agrediu efectivamente a mulher e, além de uma eventual pena de prisão, o obrigue a pagar a continha do hospital... pode ele processar o hospital por Roubo à mão armada? É que 150 euros por uma consulta de ambulatório... só acredita ser possível quem nunca precisou de ir a uma! Ou, se calhar, paga-se o tempo de espera e aí já faz algum sentido: ora 150 euros a dividir por um mínimo de dez horas de espera sempre dá 15 euros à hora...

4 de fevereiro de 2008

Evolução de gerações tabagistas


Na geração do meu avô e anteriores à dele, os homens fumavam orgulhosamente tabaco de enrolar, cuspiam as ervas que se lhes agarravam à língua e apagavam o cigarro em plena calçada portuguesa... quando não era no soalho da cozinha! As mulheres, essas não tinham a ousadia de fumar e nem sequer levantavam cabelo quando se viam obrigadas a limpar as borras espalhadas pela casa. As crianças olhavam para os adultos com um certo medo a que todos chamavam respeito e os afagos que recebiam durante uma infância inteira contavam-se pelos dedos das mãos.

Na geração do meu pai, os homens continuavam a fumar orgulhosamente um ou dois maços de tabaco por dia. Começaram, então, a apagar os cigarros nos cinzeiros, públicos e privados, e a pensar nas consequências que o vício lhes poderia trazer para a saúde, já gasta de tanto trabalho! As mulheres, por sua vez, conquistaram a liberdade de fumar onde bem entendessem sem serem julgadas pela sociedade! As crianças olhavam para os adultos com respeito e das mãos dos pais recebiam mais carinhos do que palmadas.

Na minha geração, a maior parte dos homens deixou de fumar. Inscreveram-se no ginásio e passaram a frequentar a sauna ao Sábado. As mulheres começaram a ser olhadas de lado por insistirem num vício que, além de fazer mal à saúde, as deixava mal-cheirosas e a saber a cinzeiro de centro comercial! Envergonhado e cabisbaixo, quem não consegue resistir a uns bafinhos esconde-se agora dos filhos para não ser visto naquelas figuras de dependência e com medo que algum organismo do Estado lhe retire os miúdos. Quanto às crianças, com quartos cheios de bonecas e playstations, não sabem bem que sentimento nutrem por aquelas pessoas na casa de quem dormem e com quem almoçam ao fim-de-semana!

Karoxinha!


Era uma vez uma Karoxinha que achou cinco cêntimos ao varrer a cozinha. Nem se baixou... No dia seguinte, no mesmo sítio, achou 50 cêntimos e pensou: Estava mesmo a precisar de uma moeda destas para o carrinho do hipermercado!
Passou um mês e a karoxinha encontrou 5 euros enquanto varria a cozinha!
- Olha que fixe! Com esta nota sempre posso ir lanchar fora hoje.
Algum tempo volvido, eis que encontra 50 euros no chão da cozinha e decide comprar uma vassourinha nova. A sua já estava muito gasta.
Depois de alguns meses sem encontrar um cêntimo que fosse, a karoxinha descobre uma notinha de 500 euros caída ao lado do lava-loiças e mete-se numa Bimby a prestações! Estava farta de estar sempre enfiada naquela cozinha...
No Natal, sem que nada o fizesse prever, a karoxinha dá de caras com um monte de notas no frigorífico: 5 mil euros!

É então, mesmo sem saber como ia tanto dinheiro parar à sua cozinha, que ela decide esbanjar alguns euros em laços, fitas e enfeites para se pôr bonita.

E continua a varrer! O pó está sempre a cumular e ela não tem tempo para se pôr à janela.

Certo dia, a karoxinha encontra 50 mil euros na despensa. O que fazer? Abater no empréstimo à habitação, pois está claro, que a subida das taxas de juro tinha-a deixado sem margem de manobra para grandes aventuras nos últimos tempos... e comprar um aspirador.

A karoxinha continua na sua vidinha pacata até que, durante as limpezas de Primavera, encontra 500 mil euros muito bem escondidos numa malinha de viagem que ela nem se lembrava de ter comprado! Nesse dia ouve dizer que o Fisco se prepara para investigar sinais exteriores de riqueza em pessoas sem rendimentos e decide enviar o dinheiro para uma conta na Suíça.

Já mais desafogada, a karoxinha decide ir a um evento de solteiros organizado via SMS. Depois de dar umas esfregas com um burro, um boi, um cão e um gato, percebe que nenhum deles é a sua alma gémea. É então que se lembra do João Ratão, o seu fiel amigo, de voz fininha, a quem sempre fez as maiores confidências, e decide juntar o útil ao agradável.

O João Ratão e a Karoxinha lá casaram e foram felizes, até que um dia aconteceu uma desgraça. Um domingo, enquanto ela foi ao ginásio, o João Ratão ficou encarregue do almoço. Quando a karoxinha voltou, não o encontrou... ao levantar a tampa da bimby apanhou um grande susto porque viu lá dentro umas pescadinhas de rabo na boca e se há coisa que ela não suporta são paneleirices! Nunca mais soube do marido nem do mano karoxo! E o tráfico de estupefacientes na zona reduziu drasticamente.

* Person at the window, Salvatore Dali

Percebo que não tenho o gene da "gagisse" quando...

... me dizem que tenho uma nódoa na t-shirt e não entro em histeria!

... me apontam uma malha nos collants e simplesmente encolho os ombros!

... me perguntam porque não disfarço o herpes labial e eu fico sem perceber porque raio de motivo haveria de ter vergonha dele!

... constato que o Paulo Portas faz mais vezes branqueamentos aos dentes por ano do que eu mudo de mala e carteira!

Depenica, depenica...

A cada notícia publicada sobre a relação entre o poder político e o mundo empresarial (vulgo, favores em caixa que geram dividendos capitalizáveis) sou assombrada pela música do Avô Cantigas, que reza assim:

"Grão a grão, grão a grão
Come tudo comilão
Depenica, depenica
Depenica até o chão
Migalhinha a migalhinha
Já não sobra nada não"

(...)

E digam lá quantos ex-ministros conhecem a quem não serve a seguinte carapuça:

"Com tanta papa papada
Já não tarda nada nada
Que o pintinho pintainho
Tenha o papo bem cheinho
E seja um galo bem gordinho"

Aliás, galo é uma excelente definição para os cargos políticos. Numa CAPOEIRA QUE SE PREZE quem tem as penas mais coloridas é que ocupa o poleiro! Os acinzentados por natureza que trabalhem enquanto o dono da crista levantada cacareja...

Palhaços!

Não aprecio particularmente o Carnaval. Atenção: Gosto do Feriado! Não tenho é grande paciência para a "cena" das festas de máscaras e partidas que ninguém leva a mal. Não é que me aborreça por aí além... mas também não me divirto grande coisa. Por isso, esta quadra festivaleira sempre me passou um bocadinho ao lado!

Tenho andado a pensar e descobri a máscara ideal para mim: Gaja!

Durante um dia, inteirinho, dispo o hábito e troco as voltas à rotina: passo duas horas na casa de banho a arranjar-me (com direito a unha do pé pintada e tudo!), outras duas a experimentar modelitos e saio à rua, de Nova Gente enfiada na pochette, directa à Marina para beber um capuccino de dedo mindinho em riste! Levo a piquena de trela (mania de gajas armadas em finas), muito bem mascarada de menina do colégio e pode ser que, pelo menos durante um dia, inteirinho, não me digam que as crianças precisam de REGRAS!

É que isto das regras faz-me lembrar menstruação... e ainda não estou psicologicamente preparada para ir à mercearia do Sr. Joaquim pedir pensos com alas para a minha filha. Ainda há uns meses ela largou as fraldas, deixam a miúda arejar a patareca, se faz favor!

1 de fevereiro de 2008

Não vou... mas gostava!

Então não é que os maganos das Produções Fictícias vão ter uma nova série de workshops de escrita? C'um catano!

Resumidamente, é isto: Início a 10 de Março, duas vezes por semana (Segunda e Sexta), das 19h00 às 22h00 (total de 72 horas), por 750 euros (em 3 prestações). Muito bom! E a qualidade dos formadores não podia ser melhor!!! Pois é, mas não posso ir...

ESCUSAM DE ME TENTAR CONVENCER COM MEIAS CANTIGAS, SUSSURROS POR DETRÁS DA ORELHA E LAMBIDELAS PELA ESPINHA ABAIXO PORQUE NÃO POSSO IR! Além de que o meu marido não ia gostar e, como é pintor, sabe-se lá o que ele vos podia fazer com o pau extensível... Jesus, que aquilo mesmo sem trincha na ponta é muito pior do que qualquer arma branca!

Continuando, não posso ir porque tenho coisas combinadas. Ou poderei vir a ter... eventualmente. Não sei se já repararam mas o curso vai estragar quatro "pontes" a muito boa gente que, quando se aperceber da asneira que fez em garantir o lugar mediante o pronto pagamento só lhe vai apetecer escrever asneiras cabeludas. E isso não é bonito!

Tirando isto nada a assinalar. Além de ser caro. Mas a procura é grande e a malta que escreve em Portugal também precisa de comer, daí ser compreensível. Só não estou a ver jeitos de conseguir convencer a minha filha e o meu marido a comerem as crónicas escritas pelos formadores durante alguns meses... É que eles são bons, têm os temperos certos, mas o problema está no papel das revistas. É difícil de digerir. Pior ainda é o dos jornais desportivos. Quando uma pessoa acaba de mastigar, até parece que esteve a comer chocos com tinta... vivos!

Será de mim?

Não sei se é de mim, mas há ideias armadas em "porreiras pá" e modernaças que não me entram na cabeça. Digo mais, enervam-me.

Por exemplo, não esqueço o fatídico dia em que vi - com estes, que o monitor do computador anda a tentar comer há algum tempo, mas tem azar porque estão reservados para um par de vermes, e respectivos filhos, que se Deus quiser só nascem daqui a umas boas dezenas de anos - o meu Tio António comer batatas fritas com ketchup! Então vai uma cachopa para a aldeia, depois de um aninho inteiro a engolir o dito consumismo aculturado para assistir a um espectáculo deprimente daqueles? Sempre pensei que o meu Tio António não era desses... querem ver, pensei, qualquer dia ainda come iogurtes!

Actualmente, há bastantes ideias peregrinas e "em rebanho" que me deixam em estado de choque. A pior é aquela seita (parece que até já há merchandising) que espalha, porta-a-porta, o rumor de que uma criança que não frequente o infantário desde os três meses de idade vai ser tão ou mais burra do que o Bush! Uma corrente menos fundamentalista invoca - com base numa série de estudos que começam sempre por um científico "ouvi dizer que é melhor..." os três anos como idade mínima para entrar na escola. Acho que vou desistir de argumentar o que quer que seja e simplesmente fecho-lhes a porta na cara com um "Obrigada mas não preciso de tuperwares. Vá com Deus!"

Tenho um palpite de qual vai ser a minha próxima fonte de indignação: uma outra seita, que já se começa a formar, de pessoas que defendem com unhas e dentes os benefícios de se enfiarem os idosos em lares de terceira idade! Um luxo, dirão!
Haverá lá coisa melhor do que ser despejado da sua própria casa para passar para um quartinho nos fundos de uma cave, partilhada com estranhos, onde o ideal é estar acamado pois dá menos trabalho ao pessoal auxiliar! Esta é a realidade que não se quer ver, porque os condomínios fechados para velhos gaiteiros cheios da nota (é vê-los aos magotes nos centros de dia... ou de saúde!) sempre assentam melhor no espírito da coisa!

Quem se lixa é sempre o Sr. Joaquim!

Por esta altura já todos (mesmo aqueles que, como eu, não fumam) se aperceberam que quem quiser retirar um simples maço de tabaco de uma qualquer máquina especificamente produzida para esse efeito - e cujo principal atractivo era não estar sempre a chatear o Sr. Joaquim e evitar conversas do tipo "ófaxavore, é um SG Xpto... não Homem, light, claro! Pensa que quero morrer cedo ou quê?". Era meter a moeda, retirar o produto e o troco e toca a andar - tem agora de pedir ao Sr. Joaquim que desbloqueie a máquina!

E porque está a máquina bloqueada, pergunta a D. Ivone do sexto andar que, como lhe custa subir escadas e tem medo de andar de elevador, não sai muito à rua. Porque, respondemos em uníssono, só pode comprar tabaco quem tiver mais de 16 anos! Cabe pois, uma vez mais, ao Sr. Joaquim a tarefa de policiar a juventude que por ali anda a rondar a máquina com intenções manifestamente ilegais.

O que está mal é estes gajos que lesgislam estarem sempre a dar e a retirar poderes ao Sr. Joaquim! E sem qualquer tipo de suplemento no ordenado de cada vez que lhe atribuem mais uma função ou sem um cêntimo de indemnização quando lha retiram sem anestesia!

Isto tudo porque já se adivinha a entrada em funcionamento de uma máquina revolucionária que vai facilitar a vida ao Sr. Joaquim (que é como quem diz, retirar-lhe poderes policiais). Então não é que no Japão se lembraram de fazer uns cartõezinhos azulinhos, para oferecer gratuitamente ao pessoal que comprove ter mais de 20 anos, sem os quais passará a ser impossível retirar tabaco das máquinas?!

Portugal deve estar pronto a adoptar o esquema. Claro está que o problema nacional, depois de gastos milhares de euros nisto, será algo que deve dar origem a uma conversa do género: "Mas ó Sô dôtore, diga-me lá como é que temos a certeza que os putos não roubam os cartões aos pais ou, até, que não os falsificam! É que os japoneses são bem mandados mas os nossos jovens são uns malandros duns sacaninhas, sabe?" Ao que o ministro responde "Pois é Sôr engenheiro, temos de reunir para debater essa eventualidade e delinear estratégias. Daqui a dois meses parece-lhe bem? E que tal se for em Albufeira?"

Pode ser que os engenhocas japoneses, à falta de nicotina no sangue, consigam mesmo inventar uma tal de uma maquineta que, só de encarar com a fronha de um gajo e de contabilizar as suas rugas, sabe logo a idade exacta dele!!! A nível nacional vai, novamente, dar barraca. Porquê? Porque pessoas como a Lili Caneças vão ver-se impedidas de abastecer a pochette dos cigarros por uma possidónia de uma máquina ó'tumática que as vai mandar directamente para o jardim infantil... de tal modo é esticadinha a pele das tias!

No dia em que o preço do leite dispara...


É um interessante exercício de reflexão sócio-económico-política, ou seja, conjuntural, verificar que, no dia em que o preço do LEITE AUMENTA à razão de 10 CÊNTIMOS POR LITRO, as manchetes dos jornais dão conta de uma descida nos juros do crédito à habitação.

Parece que as taxas da Euribor «deram um "trambolhão" de quase meio ponto percentual em Janeiro, registando um valor médio de 4,3%, o valor mais baixo desde Maio de 2007» ... se calhar tinham ido à mercearia do Sr. João e cairam p'ró lado (esquerdo) quando se deram conta do tal aumento! Mas não se preocupem pois estas maganas das taxas são peritas na arte de levantar e quem as tiver indexadas a três e seis meses nem deve vir a dar pela diferença... Já o leitinho, esse continuamos a beber todos os dias. Ou não!

30 de janeiro de 2008

Volta ao Mundo em 80... Sofás

Este título podia muito bem vir a assentar na capa dura de um livro.

Fosse eu a Margarida Vila-Nova e iam ver se a coisa não pegava! Pegava e de que maneira, sobretudo se houvesse uma sugestãozinha que fosse de eventual enrolanço picante com um alto e espadaúdo proprietário de um dos sofás e lá estava a obra no primeiro lugar do top de vendas! Não havia escaparate que aguentasse o ritmo frenético das repositoras a colocarem os livros nas prateleiras e dos fãs alucinados a sacá-los sem sequer pensar no PVP. Até parece que os estou a ver!

Fosse eu uma "menida da cidade" e este título podia, pelo menos, dar um blog com fotos alusivas aos locais e sofás de passagem e histórias de fazer viajar muitas almas menos abonadas pela sorte.

Calha mal que não passo de uma "menina da aldeia" e, como tal, este post não passa disso mesmo. Uma ideia gira de turismo alternativo - TURISMO DE SOFÁ - onde o alojamento é o último dos problemas para quem se dedica a conhecer o mundo em que vivemos. Um luxo para uns, uma necessidade para outros tantos! Foi aqui que me deparei com uma enorme comunidade virtual de turistas e constatei, com agrado interior, que em Portugal há quase 3 mil sofás vagos.

Depois disto, andar à boleia é "coisa de meninos"!!!

Medo a medo... alguém enche o papo!

medos que não lembram ao Diabo! Que me perdoe quem sofre de Demonofobia e que, a esta hora, se está a benzer com água benta... a menos que acumule o tormento da Hagiofobia (Medo de Santos ou coisas santas) e já se tenha atirado do alto de uma ponte. Claro está que, se tiver medo de alturas - parece que há quem lhe chame Batofobia, vá-se lá saber se por causa de alguma queda que tenha dado em piqueno, por alturas do Carnaval, com uma fatiota do Batman enfiada -, terá de encontrar uma alternativa menos assustadora para se matar!

Bom, continuando, há fobias de todos os feitios e que, por sinal, põem os pontos nos is sobre certas situações e trazem justiça a pessoas injustamente malvistas pela Sociedade.

Senão vejamos, afinal:
* Não há porcalhões malcheirosos, daqueles que não se chegam a mais de dois metros de uma barra de sabão azul e branco. Há ablutofóbicos...

* Não há preguiçosos, daqueles que não mexem uma palha a não ser através de comando remoto e que, inclusive, ponderam a instalação de tapetes rolantes que façam a ligação da sala de estar à casa de banho e ao quarto! Há ambulofóbicos...

* Não há falta de produtividade em Portugal. O que há é um excesso de ergasiofóbicos (Pessoas com medo de trabalhar), nomeadamente ao nível dos cargos de gestão...

* Não há pessoas com capacidade de síntese. Há é pessoas que padecem do medo de palavras grandes, o que, acreditem ou não, se traduz por Hipopotomonstrosesquipedaliofobia!

* Não há supersticiosos. Há pessoas com Triscaidecafobia (medo do número 13).

* Não há pessoas que se enojam com esperma - isto, mais parágrafo menos parágrafo, tinha de descambar! O que há é acerofóbicos, ou seja, pessoas com medo a produtos ácidos...

* Não há meninos da mamã que se encolhem quando uma miúda os apalpa numa discoteca! Há rapazes com Sarmassofobia, ou seja, medo de seduzir e de participar de jogos de sedução!

* Não há gajos com péssimo gosto, cujos critérios de escolha das companheiras assenta na seguinte reunião de exigências: testa da Maria José Rita, boca da Odete Santos, pele da Maria Barroso e pescoço da Mariza. Há é pessoas que sofrem de Venutrafobia (medo de mulher bonita).

* Para finalizar, não há ninguém em Portugal que se sinta ameaçado (seja do ponto de vista da sua integridade física ou intelectual) pelo actual Governo e pela própria Assembleia da República! Acontece que, por uma qualquer casualidade imprevisível, os cerca de 11 MILHÕES DE PESSOAS que habitam neste país PADECEM DE COULROFOBIA, vulgo medo de palhaços.

E o Prémio "MELHOR FILHA DO PLANETA" vai para...

... a minha bebé, claro! Até fiquei com a lágrima no canto do olho quando ela me segredou, assim como quem estava a fazer uma confidência, "Mamã! Sabes? Eu amo-te!"

ESPECTÁCULO.

29 de janeiro de 2008

Venha o diabo...

Estive a pensar - os momentos "mortos" dão-me para cada coisa, realmente! - e cheguei à conclusão que as empresas em Portugal são assim como uma matança do porco em que só há três tipos de pessoas: as que espetam a faca, as que lavam as tripas e as que comem o chouriço! Um folhetim constante de sangue, merda e corrupção.

Mensagem subliminar

No outro dia, enquanto tentava distrair a vista da enorme fila de carros que se estendia à minha frente, vi um placard, numa montra com o seguinte escrito:

"Promoções. Contactar alma gémea"

Sorri! Isto das coincidências... não pode uma alminha estar a pensar em gastar uns trocados que não tem numas pechinchas que ainda resistam em final de época de saldos, vem logo a mensagem subliminar - ou será o meu anjo da guarda -, como que a dizer "põe-te com ideias, põe, que o maridinho depois diz-te das boas".

Chiça pá! Nem mesmo no subconsciente uma pessoa pode soltar a gaja que há em si!

Diz que é Afro...


És mulher? Africana? Ou, pelo menos, consegues provar que apesar do cabelo loiro e sardas na cara tens ascendência africana? Um pingo de sangue que seja? E, além disso, tens dois euros e meio para gastar, por mês, em revistas "cor-de-rosa escuro"?

Então, podes sorrir e dar graças ao Senhor [referência com algum potencial esclavagista] porque chegou a Afro, a revista que vai ajudar-te a perceber a Sociedade em que vives... lá porque nasceste na Maternidade Alfredo da Costa não quer dizer que estejas "no contexto", topas?

A primeira edição desta revista muito nigga já está nas bancas e se a desfolharem vão ver que - apesar de estar estruturada de forma idêntica à de qualquer outra revista - fala de temas que, obviamente, apenas interessam às mulheres niggas do país: Moda, beleza, amor, filhos, saúde, etecetera e tal. A primeira caucasiana que se interesse por questões desta natureza que atire a primeira pedra à editora! (Não é por nada, mas esta imagem agrada-me... coisas minhas que não interessam nada para o assunto!)

O conteúdo étnico (é isso que se pretende com as referências a poligamia e consciência negra logo na capa, não é?) é embelezado com produções coloridas - como se exige - e intérpretes de tez moreninha, assim a modos que a fugir para o beje...

Ficamos a aguardar com alguma ansiedade o lançamento da Indi e da Chino pois não queremos que se diga que em Portugal se discriminam as pessoas!

Serviço Nacional de S... ente-se e Aguarde quatro horas na Sala

O Manel entra nas urgências do hospital às 10:30 da manhã de sábado e dirige-se à triagem.
- De que se queixa?
- Dói-me muito as costas!
Sem levantar os olhos da ficha, a enfermeira prossegue...
- Como se chama?
- Manel!
- Que idade tem?
- 37 anos.
- Vá pagar e aguarde na sala de espera.

O Manel levanta-se e, aparentando menos 50 centímetros de altura do que tem na realidade - tal era a dor que atormentava -, dirige-se à recepção. Entrega o cartão do Serviço Nacional de Saúde, dez euros e um papelinho passado na triagem que o direccionava para a urgência ambulatória.

As pessoas não param de entrar, umas coxas, outras marrecas, todas passam pela triagem e todas são chamadas à urgência ambulatória. Duas horas e meia depois o Manel ainda está no mesmo sítio... No mesmo sítio, que é como quem diz, porque as costas do Manel não o deixam estar muito tempo sentado nem muito tempo em pé e como a posição de deitado não é uma alternativa plausível, lá vai alternando entre a primeira e a segunda com alguns gemidos baixinhos à mistura.

A paciência da Maria esgota-se. Na recepção dizem-lhe para ir à tal salinha da urgência ambulatória e perguntar se ainda falta muito. Bem mandada, lá vai ela. Bate à porta. O médico olha-a com desprezo.
- Desculpe senhor doutor, mas o meu marido já está à espera há bastante tempo e como temos aqui a nossa filha precisamos saber se ainda falta muito.
O olhar do médico pousa sobre a criança que dorme no regaço dela. Sem mudar de expressão, pergunta-lhe o nome do marido e informa-a de que "É o próximo a ser chamado!"

Diagnosticada a dor ciática, o médico depara-se com a ausência "momentânea" da enfermeira e o Manel é reenviado à sala de espera. Às três da tarde lá o chamam novamente para levar as benditas das injecções. "Então homem, ainda cá anda?", pergunta o médico aparentemente incrédulo. "Agora é esperar mais 20 minutos que já o chamo para ver se lhe passou a dor e para lhe prescrever a medicação".

Com efeito, em 20 minutos a dor abrandou. é pena que tenham sido necessárias quatro horas de espera... Se as urgências do Centro de Saúde da área de residência do Manel estivessem abertas talvez tivesse sido mais rápido. Afinal, parece não haver falta de clientela no ambulatório! Mas isto é um suponhamos...

25 de janeiro de 2008

O Ruca tem um irmão mais velho!

É verdade. O Ruca tem mesmo um irmão mais velho. Eu também não queria crer, mas o sotaque da Invicta denunciou-o.

Descobri-o ontem, enquanto me dirigia alegremente para casa ao som da Rádio Comercial. Se não acreditam, oiçam o anúncio da Car Glass.

Ah... já que estamos numa de publicidade, o que me dizem à moça que incita os "pais babados e avós encantados com os seus diabinhos" a irem ao CÃOTINENTE? (é curioso, porque quem ouve o anúncio na televisão não tem esta percepção!)

24 de janeiro de 2008

Fundamentalista passiva é que não!

Não sou fumadora e se há coisa que me incomoda é sair de um café ou de um restaurante defumada em SG Gigante! Mas, raios me partam se não prefiro engolir passivamente um maço de tabaco do que um fundamentalismo à moda de Santa Comba Dão, com regras medidas a esquadro e perímetros delimitados a compasso!

Fumadores activistas e anti-fumadores de base, já ouviram falar em bom senso? É que a mim parece-me haver sensibilidades a mais e respeitinho a menos da parte de ambas as facções!

Imaginem pois, que a lei do tabaco se aplica a outras "coisas" tão ou mais perniciosas para a saúde - física e mental - da espécie humana. Como seria?

A mim incomoda-me o cheiro a sovaco alheio, por exemplo! Em que é que isso prejudica a saúde, perguntam vocês! Prejudica muito. Só quem anda de autocarro na baixa lisboeta sabe o treino de estômago e mente que é necessário para engolir os gómitos que aquilo provoca. A pessoa não fica bem, enfrasca-se em rebuçados ou pastilhas para enganar os sinais do corpo... daí a uma úlcera, problemas de dentes ou diabetes é meio caminho andado. Mas o que fazer? Criar uma lei que obrigue as pessoas a tomar banho - ou, pelo menos, a lavarem-se por baixo - diariamente? Era uma ideia e se calhar, dependendo da clientela, até havia muitos voluntários a inspectores... Mas cheira-me que a estupidez dos legisladores não chega a tanto!

Há também quem se sinta intelectualmente ofendido com o ruído de pipocas a estalar na cremalheira do vizinho do lado no cinema! Vai que sai uma lei a proibir mascar (pastilhas, pipocas, batatas fritas e afins) em locais de entretenimento. Ufa, finalmente, diriam os iluminados da Sétima Arte. Eu acho mal. Primeiro, porque muitas das vezes as fitas são tão fraquinhas que se não fossem os M&M com amendoim ou as tiras de milho a noite era um fiasco! E depois, porque isso iria gerar ainda mais desemprego e greves! Em Hollywood têm a greves dos argumentistas, em Portugal instalava-se a greve dos pipoqueiros.

Com este discurso meio, se não totalmente, disparatado, quero apenas dizer que BASTA um bocadinho de bom senso para que se fume sem se incomodar quem come, para que se coma sem se incomodar quem ouve e para que se oiça sem se incomodar quem trabalha! É ASSIM TÃO COMPLICADO?

Revolução virtual de ideais

Numa tentativa desesperada de recordarem o prazer que sente uma pessoa em pleno usufruto dos direitos de LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, milhares de portugueses planeiam a adesão, em simultâneo, ao Second Life.
Consta que a senha é "Pequeno T2" de Ricardo Azevedo...
Qual será a flor desta vez? Rosas é que não, senhor!

18 de janeiro de 2008

"Vai e não voltes!"

Parte, sem olhar para trás! Digo-te isto... porque sou tua amiga.
Digo-to, agora, para que não te esqueças. Digo-to porque a mim ninguém mo disse e... voltei! Voltar teve os seus pontos positivos, como conhecer-te, mas estar é algo que não desejo e a ideia de ficar faz cada vez menos sentido!

Digo-to porque és boa pessoa e também porque sei que não corro o risco de ser mal interpretada.

Amiga Catarina, um bocadinho do meu coração parte contigo.

17 de janeiro de 2008

Como te compreendo Fidel!


"Não tenho a capacidade física necessária para falar directamente com os habitantes do município onde estou inscrito como candidato para as eleições do próximo domingo. Faço o que posso: escrevo"


Ele tem 81 anos, «câncaros» por todo o lado e, ainda assim, é candidato... eu tenho 34 anos, uso aparelho nos dentes e votei no referendo do Aborto! Dois jovens inconscientes, na verdadeira acepção das palavras, que aprenderam a juntar letras e formar frases. Em ambos os casos só nos lê quem é obrigado a tanto!

Auto-análise


Sou um cervo do senhor!
O que me vale é a fé. E os romenos... que aparecem, onde menos se espera, a vender pensos rápidos!

Das duas uma...

... ou o jovem Tom está à beira da loucura ou é nigga e representa tão bem que não tarda é governador!



O conteúdo é elucidativo: "Ah e tal, sou cientologista e por isso sei que só eu posso ajudar as pessoas... em acidentes e cenas! Posso mudar as vidas das pessoas e estou dedicado a isso, sem compromissos, AHAHAHA, a sério! (...) vejo o que precisa de ser feito e penso se vou fazer ou não! (...) ou estás a bordo ou não estás. Ponto final parágrafo (...) Chegou o momento! É agora... e é melhor que saibam isso, se não sabem vão aprender!"

«Balha-nos» o Santíssimo!
O artista até é um bom artista, só não pode tirar a sombra branca dos olhos! Isso é que não... é proibido! Mas prontossss... o que os excessos fazem a um homem!

16 de janeiro de 2008

Quando o maridinho cozinha...

Para que não se diga que a Menina da Aldeia tem a mania que é mártir e não reconhece os dotes do Menino, cá vai:

O meu gajo fez um franguinho estufado de lamber os beiços!


P.S: Para a próxima aproveitas o balanço e lavas a loiça, sim Amor?

Bactéria homófoba... ou jornalismo bacoco!

Achei esta notícia fantástica! Por tudo o que representa de errado no jornalismo nacional.

Senão vejam, a mensagem a transmitir é, supostamente muito simples: Uma bactéria, multiresistente a antibióticos, que esteve até agora confinada aos meios hospitalares, ganhou asas e voou (salvo seja)! Os seus primeiros alvos visíveis pertencem a comunidades homossexuais.

Vai daí, os supra-sumos do jornalismo tablóide pegam nisto e largam a seguinte bomba: "SUPERBACTÉRIA MATA HOMOSSEXUAIS".

Que tem isto de diferente do que aconteceu quando começaram a surgir as primeiras notícias sobre a SIDA? Nada. Pois bem, é pena. Pensava que já todos tinham aprendido com a lição, mas parece que me enganei.

Já que o estrago está feito, que tal transportar tudo isto para o imaginário da BD? Deixo aqui o princípio da história, quem quiser que faça os desenhos e dê continuação à coisa:

O que é aquilo? Um pássaro? Um avião? Não! É a Superbactéria.
Pelas ruas da cidade, os homossexuais correm que nem baratas tontas à procura de um coito... Cruzes canhoto... vou reformular... de um porto seguro! Pode ser que haja por lá marinheiros, ólaré!
A Superbatéria não desarma e agarra um homossexual pelos colarinhos do babydoll.
- Ai! Ui! Chega pra lá sua possidónia! Tens bafo de cão!

«Bamos a botos» minha gente!

Senhores e senhoras, meninos e meninas... o prazo de votação no prémio "ORELHAS A ARDER 2007" está quase a terminar.

Exercitai aqui e agora o direito de voto e CLICAI minha gente, pois um dia pode vir a ser-vos útil esta prática da liberdade! De servos temos todos um pouco, não é verdade?

14 de janeiro de 2008

Necessidades aparte...

Esta história de confundir infantário/creche com pré-escola/pré-primária é coisa que só podia sair da cabeça dos portugueses.

Vamos lá a tentar simplificar a ideia... Os primeiros existem como rede de apoio a pensar nos pais que trabalham ou estudam e, por isso, não se podem ocupar da educação dos filhos (entre os 0 e 3 anos) nem têm familiares que possam e estejam dispostos a fazê-lo; os segundos funcionam, ou pelo menos deveriam funcionar, como fase de integração social da criança (entre os 4 e os 6 anos) e preparação para a entrada na escola propriamente dita.

Lá que a esmagadora maioria das pessoas tenha necessidade de colocar as suas crianças num infantário/creche é uma coisa; agora, esqueçam lá a conversa de "Ah e tal é fundamental irem o mais cedo possível para adquirirem regras e conhecimentos!".

Querem lá ver que a família (sejam pais, tios ou avós) não lhes sabe incutir regras, não! Ou, se calhar, acham demasiado complexa a arte de ensinar às crianças "coisas" como o alfabeto, contar até 10, ler-lhes histórias ou fazer desenhos e brincar com plasticina!

Demitiram-se, foi? Eu cá ainda não, mas obrigadinha pela preocupação! Maneiras que é isto.

Política familiar d'um catano!

Não consta que os suecos estejam a enfrentar um crise económica sem precedentes, ou consta?

Não!

Mas é verdade que, na Suécia, a licença de maternidade é de 480 dias, não é?

É... faz corar de vergonha os 150 dias - negociados a ferros e com contrapartidas de ordem financeira (quem perde dinheiro é, pois claro, quem se põe com ideias de "dar filhos à pátria") - previstos na actual legislação.

Hat-trick sobre rodas

Hoje ultrapassei por três vezes o mesmo ciclista. Isto há-de querer dizer qualquer coisa em termos de fluidez de trânsito...

11 de janeiro de 2008

Opiniões com pernas

“O que são as mulheres, afinal? Opiniões com pernas, certo?”

Esta frase, proferida por um colega de trabalho armado em macho latino ficou a bater-lhe nos neurónios com a força de uma bola de pinball. Tlimtlimtlim... Seis e meia da tarde. Tinha mais que fazer do que perder tempo com parvoíces.

Tentem acompanhar o raciocínio e imaginem lá este “depois do expediente”! Compra o pão, o leite, os ovos as bananas e os legumes para acompanhar com a carne estufada ao jantar! Vai buscar a criança, dá dois dedos de conversa com a mãe e dirige-se a casa, ao som das piratarias de uma tal Lilly. “Põe mais alto!”, pede a pequena. Sai do carro. Tira os sacos das compras do banco do pendura e, tentando acertar nos intervalos da chuva, coloca-os à porta de casa. Graças a Deus vivia numa vivenda, modesta mas com espaço suficiente para o carro, coisa que dá muito jeito em dias de molha tolos. Abre o chapéu e tira a criança do carro, bem sequinha como se quer! Entram em casa. Beijo carinhoso no amor de uma vida - que já se encontrava confortavelmente instalado no sofá -, as perguntas da praxe enquanto se trinca qualquer coisa, tirar o estendal da roupa da cozinha para ganhar espaço, pôr a carne a estufar e preparar os legumes. Despir a filhota com muitos mimos à mistura, dar-lhe banho e deixá-la a marinar na banheira enquanto, finalmente, se tiram os sapatos. Chinelos calçados. Um luxo!
- Amor, podes por os brócolos na panela? A água já deve estar a ferver!
Do outro lado ouvem-se resmungos. Só porque são brócolos. E porque estava mesmo na parte mais interessante daquela série fantástica que dá no Cabo!
Siga. Limpar a cachopa, esfregá-la bem com creme hidratante, vestir-lhe o pijama e secar-lhe o cabelo. Ainda há tempo para endireitar os lençóis da cama, já fartos de um dia a apanhar ar, e dar um jeito à “piscina” que se apoderou da casa de banho.
Ok... a primeira parte já está. Vamos lá jantar.
- Amor, bem que podias ter posto a mesa!
- Deixa lá isso que eu já ponho.
Tem duas opções. Senta-se e espera... ou põe a mesa e siga pra bingo. A terceira opção, aquela que envolve gritos e escandaleiras, não se chega a colocar. Não é do seu feitio.
Toalha, confere. Três pratos, confere. Talheres, confere. Copos, confere. Pratos, confere. Talheres, confere. Pão e bebidas, confere. Bases e panelas, confere. UFA! Todos para a mesa.
Senta a criança e senta-se. Começa a dar-lhe a sopa.
- Onde vais?
- Buscar os guardanapos!!!
Bolas... fatavam os guardanapos. Raios partam o Alzheimer! Toca mas é a papar.
Levantar a mesa, preparar uma taça de gelado para a cara-metade, por metade da loiça na máquina e lavar a outra metade. Começar a preparar as refeições do dia seguinte. Limpar as bancadas, lavar o fogão.
- Sim filhota, já vamos fazer um puzzle. Só mais cinco minutos.
Escolher as peças brancas do cesto da roupa suja, pô-la na máquina e enfiar para lá o detergente. Programa seleccionado. On! Varrer e lavar o chão.
Enfim, os puzzles! Brincadeira, beijocas e cama. Não sem antes ela fazer o último chichi do dia e lavar os dentes. A esta altura do campeonato, quem já e grande e vacinado amanha-se tão rapidamente como pode. Uma história depois estão na mesma cama, naquele jogo meloso de ver quem adormece primeiro. É bom. Pouco depois vai enfiá-la na cama dela e acordar o ser amado que adormecera no sofá.

Agora, imaginem que a protagonista desta história é uma mulher! O quê? Sempre pensaram tratar-se de uma mulher? Nunca puseram sequer a hipótese de tratar-se de um homem? Nem mesmo de um hiperactivo??? I rest my case.

Moral: O que são as mulheres? Opiniões com braços!